A combinação de tempo seco e ações humanas tem aumentado o risco de incêndios nas rodovias paulistas. Segundo a concessionária SPMAR, houve um aumento de 76% nas queimadas registradas nos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mario Covas no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esse cenário tende a se agravar, já que a previsão é de seca até setembro. As principais causas dos incêndios são ações humanas, como jogar bituca de cigarro, soltar balões e limpar terrenos com fogo. Alessandro Chioatto, Coordenador Sócio Ambiental da SPMAR, alerta para o risco desses atos: “Além de crimes ambientais, eles podem causar acidentes na via, pois a fumaça prejudica a visibilidade dos motoristas e o calor afugenta animais para a pista.”

Para combater esses focos de incêndio, a SPMAR iniciou ações preventivas. Desde fevereiro, são realizadas limpezas em áreas de mato, criando aceiros, faixas de terra sem vegetação ao longo das rodovias para impedir a propagação do fogo. Segundo Andrew Aquino, gerente de operações da concessionária, “essa limpeza ocorre na faixa de domínio da rodovia, uma área de um metro e meio de cada lado da cerca do entorno da via.”

Medidas como a poda da última berma também são adotadas para dificultar a proliferação do fogo. Além das ações preventivas, a equipe do Centro de Controle Operacional monitora diariamente a rodovia em busca de sinais de fumaça. Em caso de detecção, a equipe de combate a incêndio é acionada imediatamente.

Quando há incêndio ou fumaça invadindo a pista, mensagens de aviso são exibidas nos Painéis de Mensagem Variável (PMVs) ao longo da rodovia. Os motoristas devem redobrar a atenção, evitar distrações e manter a visibilidade da via. Aquino orienta: “Tenha foco total na direção, diminua a velocidade, acenda o farol baixo e mantenha uma distância segura dos demais veículos.”

Caso o motorista encontre uma cortina de fumaça espessa, ele deve checar a visibilidade antes de atravessá-la. “É imprescindível ter visibilidade do trajeto através da fumaça antes de atravessá-la”, explica Aquino, destacando o risco de perder totalmente a visão e causar um acidente.

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