A conta de energia elétrica ficará mais cara a partir desta terça-feira (1º), devido à ativação da bandeira vermelha patamar 2, o nível mais alto de cobrança no sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com essa mudança, o preço para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passou de R$ 4,463 para R$ 7,877, o que representa um aumento significativo nas contas de luz dos consumidores.

Motivos do Aumento

A decisão foi anunciada pela Aneel na última sexta-feira (27), em consequência do risco hidrológico, que ocorre quando os níveis dos reservatórios de água ficam baixos, impactando diretamente a geração de energia hidrelétrica. Além disso, o aumento no preço da energia no mercado, causado pelo custo da energia já produzida e não contratada, também influenciou a ativação da bandeira vermelha.

O Sistema de Bandeiras Tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para informar de forma mais transparente os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) sobre os custos de geração de energia. O sistema é composto por três cores: verde, amarela e vermelha, sendo esta última dividida em patamares 1 e 2.

• Bandeira verde: Não há custo extra para os consumidores.
• Bandeira amarela: Indica um custo adicional moderado.
• Bandeira vermelha patamar 1: Custo adicional mais elevado, como o que estava em vigor em setembro.
• Bandeira vermelha patamar 2: Tarifa mais alta, que entrou em vigor a partir de 1º de outubro.

Impacto para os Consumidores

Com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, o aumento nos custos será sentido por todos os consumidores de energia, tanto residenciais quanto comerciais. O objetivo do sistema de bandeiras é permitir que os consumidores adaptem seu consumo de energia, utilizando formas de economia para evitar maiores gastos na conta de luz.

Esse aumento acontece após meses de bandeira verde, que estava em vigor durante grande parte de 2024, trazendo certo alívio aos consumidores. Entretanto, a baixa dos reservatórios e a maior demanda por fontes alternativas de energia, como termelétricas, elevaram os custos de produção.

Segundo a Aneel, essa cobrança adicional reflete os custos reais da geração de energia e serve como um alerta para a situação da oferta no país. Durante períodos de bandeira vermelha, é recomendável adotar práticas para reduzir o consumo de energia, como evitar o uso de eletrodomésticos em horários de pico, otimizar o uso de ar-condicionado e iluminação, além de manter aparelhos desligados quando não estiverem em uso.

Previsões e Próximos Passos

A expectativa é que as bandeiras tarifárias sejam ajustadas conforme as condições climáticas e os níveis dos reservatórios. A Aneel continuará monitorando a situação e fará novos anúncios quando houver mudanças nas condições de geração de energia.

Serviço

Para saber mais sobre o sistema de bandeiras tarifárias e acompanhar as atualizações, os consumidores podem acessar o site oficial da Aneel ou os aplicativos das distribuidoras de energia, que disponibilizam essas informações diretamente.

Crédito da foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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