Esquema teria desviado R$ 1,4 bilhão com apoio de recursos oriundos de emendas parlamentares

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a terceira fase da Operação Overclean, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que fraudava licitações e desviava recursos públicos. A estimativa é que cerca de R$ 1,4 bilhão tenham sido movimentados de forma irregular, por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas.

A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, cumpre 16 mandados de busca e apreensão e determina o afastamento cautelar de um servidor público. As ações ocorrem nas cidades de Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju.

De acordo com a CGU, os recursos desviados eram, em sua maioria, oriundos de emendas parlamentares e convênios. Há fortes indícios de que os valores foram direcionados para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, especialmente no âmbito do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), com destaque para a Coordenadoria Estadual da Bahia (Cest-BA).

A PF também investiga crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, obstrução de justiça e o envolvimento de policiais que teriam repassado informações sigilosas ao grupo criminoso, comprometendo diligências da investigação.

Como denunciar

Denúncias sobre esse tipo de irregularidade podem ser feitas de forma anônima por meio da plataforma Fala.BR, da Ouvidoria-Geral da União, acessível pelo site da CGU.

📸 Foto: PF/Divulgação

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