PARACANOAGEM DE SÃO BERNARDO CONQUISTA MEDALHAS NA II ETAPA DA COPA DO BRASIL

Além de contribuir para o ranking nacional, as disputas da modalidade também serviram como qualificatória para o Campeonato Mundial, na Itália.
A equipe de São Bernardo da Paracanoagem voltou de Siqueira Campos, no Estado do Paraná, com medalhas na bagagem, reforçando todo o potencial na modalidade. No último final de semana, atletas de renome no cenário brasileiro disputaram a II Etapa da Copa Brasil, competição que reuniu mais de 40 atletas. O torneio, além de contribuir para o ranking nacional, também serviu como classificatória do Campeonato Mundial, marcado para agosto, na Itália.
Na categoria KL1 (200m), o atleta Luis Carlos Cardoso, vice-campeão nas Olimpíadas de Paris 2024, ficou com o ouro, após marcar o tempo de 00:46,76. Débora Raiza Benevides garantiu também a medalha de ouro, na categoria VL2 (200m), com o tempo de 01:01,02. Jean Carlos Penucci, por sua vez, conquistou a medalha de prata, ao alcançar o tempo de 00:41,78, na categoria KL3 (200m).
“Agradeço a São Bernardo e à Associação pelo apoio que nos dão no esporte. Somos reconhecidos nos campeonatos pela evolução que tivemos nos últimos anos e isso é graças à estrutura que temos”, salientou Débora. O time da cidade é uma parceria da Prefeitura com a Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo — a equipe treina na Represa Billings.
O secretário municipal de Esportes e Lazer, Fran Silva, frisou que São Bernardo tornou-se referência na modalidade mediante a valorização do esporte. “Quero parabenizar os atletas da paracanoagem, que são referências para quem está começando na modalidade em nossa cidade. Aqui em São Bernardo, o esporte paralímpico é valorizado e merecedor de destaque. Nosso time está entre os principais do Brasil.”
INSPIRAÇÕES
Luis Carlos Cardoso registra vasta lista de medalhas: prata nos 200m KL1 (caiaque) nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024; ouro nos 200m KL1 no Mundial da Hungria 2024; prata no caiaque no Campeonato Mundial em Halifax (Canadá) 2022; prata no caiaque nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; prata no caiaque no Mundial em Copenhague 2021; pentacampeão mundial na prova de canoa (Szeged 2019, Racice 2017, Duisburg 2016, Milão 2015 e Moscou 2014), entre outras premiações. Ex-dançarino, ele teve uma infecção em sua medula, em 2009, perdendo os movimentos das pernas. Pouco tempo depois, descobriu a canoagem.
Débora Raiza é outra atleta que acumula importantes resultados na carreira. Entre eles, prata na canoa no Parapan-Americano de Halifax 2022; bronze na canoa no Mundial em Copenhague 2021; ouro no caiaque e na canoa no Campeonato Pan-Americano 2018 de Dartmouth (Canadá); prata na canoa no Mundial de Racice (República Tcheca) 2017; ouro no caiaque no Campeonato Sul-Americano de Canoagem, em Paipa 2017 (Colômbia); prata na canoa no Mundial da Alemanha 2016 e bronze na canoa no Mundial de Milão 2015 (Itália). A atleta tem má-formação, o que causou atrofia nas pernas.
Já Jean Carlos Penucci sofreu um acidente de trânsito em 2016. Ele andava de moto quando foi fechado por um caminhão, perdendo a perna esquerda. Em 2022, deixou a informática de lado para iniciar na canoagem. Logo no primeiro ano, foi campeão brasileiro, sendo convocado para a Seleção.