‘VOVÔ DO TÊNIS DE MESA’ NÃO VENCE NOS JOGOS REGIONAIS, MAS TIRA LIÇÃO: ‘DESAFIEI MEUS LIMITES’
Sérgio Ando disputou a competição estadual pela primeira vez aos 65 anos
Na arena de tênis de mesa da Associação Cultural e Recreativa da Vila Paulicéia, em São Bernardo do Campo, um jogador em especial despertava atenção. Em meio a vários jovens, a maior parte com idade entre 20 e 23 anos, surgia um senhor de cabelos brancos, se movimentando rapidamente de um lado para outro da mesa, empunhando a raquete com a categoria de quem já faz isso há muito tempo.
Trata-se de Sérgio Ando, 65 anos e um dos jogadores mais experientes dessa 67ª edição dos Jogos Regionais. Ele participa pela primeira vez da competição estadual a convite da Prefeitura de São Bernardo do Campo, cidade onde nasceu.
Sérgio começou a jogar tênis de mesa aos 18, mas precisou fazer uma pausa forçada por conta do trabalho. Voltou aos 35 e não parou desde então. “O tênis de mesa não é só um esporte físico, é mental também. É um jogo extremamente dinâmico, que exige raciocínio rápido, além de ser menos agressivo ao corpo”, diz o atleta, que se autodenomina o ‘Vovô dos Jogos Regionais’.
A campanha de Sérgio na etapa da 2ª Região Esportiva dos Regionais foi breve: duas partidas e duas derrotas. Em ambos os casos, enfrentou atletas 40 anos mais novos. Mas o experimentado mesatenista dá de ombros para os números finais. Importante mesmo foi ter vivido essa experiência.
“Foi um pouco frustrante pra mim porque não consegui chegar no nível deles. São atletas mais jovens, de alto desempenho. A condição física é bem diferente, não vou fazer os movimentos na rapidez que eles fazem. Mas foi interessante ver pontos a melhorar no meu jogo. A satisfação em disputar os Jogos Regionais é pessoal. Desafiei meus limites”, conta.
Com fôlego para mais algumas edições de Jogos Regionais, Sérgio espera ter incentivado outras pessoas de sua faixa etária a praticarem esporte. “Quero mostrar para as pessoas da minha idade ou mais velhas que praticar esporte é importante para o corpo e para a cabeça. Para mim, esporte é prazer, é conhecer pessoas, é aprender a cada jogo e treino.”