MÃES E BEBÊS COMPLETAM SEIS MESES DE ALEITAMENTO EXCLUSIVO COM FESTA EM SÃO BERNARDO

Projeto, iniciado há dois anos na UBS Jordanópolis, aumentou em 23% o número de bebês que se alimentam apenas de leite humano no primeiro semestre de vida

Um momento de amor e conexão que se reverte em mais saúde e desenvolvimento. O leite humano é considerado o melhor alimento do mundo, a gota de ouro, e por isso, quando mães e bebês conseguem completar seis meses de aleitamento exclusivo, conforme preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), sobram motivos para comemorar. Nesta segunda-feira (18/08), mães e bebês participaram, na UBS Jordanópolis, em São Bernardo, da formatura dos pequenos que foram alimentados apenas com o leite materno no primeiro semestre de suas vidas.

Com direito a beca e capelo dourado – afinal, o leite humano é alimento padrão ouro -, as mães foram homenageadas pela equipe que durantes os seis primeiros meses de vida dos seus bebês acompanharam e incentivaram o aleitamento. “A formatura dos bebês foi idealizada para incentivar o aleitamento humano exclusivo por seis meses, envolvendo toda a comunidade e equipe de saúde, como um momento de celebração e reconhecimento do esforço conjunto neste período tão desafiador e importante para a saúde das pessoas”, explicou a coordenadora técnica da UBS, Kelly Cristina Araújo.

A atividade faz parte das ações do Agosto Dourado na Atenção Básica do município. Todos os eventos podem ser consultados no link https://encurtador.com.br/QILxP.

NÚMEROS POSITIVOS – A atividade começou em agosto de 2022 – no Agosto Dourado, mês de incentivo à amamentação – e, na UBS Jordanópolis, dois anos após o início do programa, foi observado um aumento de 23,3% no número de crianças que mantiveram o aleitamento exclusivo, na comparação com crianças acompanhadas antes da implementação da iniciativa. Atualmente, cinco UBSs desenvolvem o programa e todas terão formaturas no mês de agosto. São elas: UBS Nazareth, UBS Leblon, UBS Jordanópolis, UBS Vila Rosa e UBS Baeta Neves.

Pediatra da UBS que fez o acompanhamento de todos os bebês (sete completaram o período de seis meses em aleitamento exclusivo), Mayumi Tanaka lembrou que, embora pareça fácil, amamentar pode ser difícil em alguns momentos. “A gente acha que é só botar no peito que vai, e aí no dia a dia a gente vê o quão difícil é, que é preciso se dedicar, persistir, precisa de resistência e a gente está aqui para isso, toda a unidade está aqui para dar esse apoio”, pontuou.

Cirlene dos Santos Lopes, de 36 anos, é mãe da Heloísa, de seis meses, e contou que assim que soube que estava grávida sentiu medo sobre o período de amamentação. “Apesar disso foi muito tranquilo, deu tudo certo, e aqui na UBS eu tive todo apoio, a equipe é ótima, os profissionais de excelência, eu só tenho a agradecer”, afirmou. Beatriz Guimarães Santos, mãe da Sophia, de 6 meses, também falou dos desafios de manter o aleitamento exclusivo. “Foi bem desafiador no começo, mas tive bastante apoio do meu esposo, da minha mãe, as pessoas conseguiram respeitar esse momento, da gente querer seguir com a amamentação exclusiva e, graças a Deus, deu tudo certo”, concluiu.

AVANÇO – Segundo dados do Governo Federal, o índice de amamentação exclusiva no Brasil vem aumentando nos últimos anos. Na década de 1970, a média de duração do aleitamento materno no País era de apenas dois meses e meio. Atualmente, as crianças brasileiras são amamentadas, em média, por 16 meses — o equivalente a 1 ano e 4 meses de vida. Apesar do avanço, o desafio ainda é grande. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu como meta que, até 2025, pelo menos 50% dos bebês com até seis meses de idade sejam alimentados exclusivamente com leite materno. No Brasil, a expectativa do governo é ainda mais ambiciosa: alcançar um índice de 70% até 2030.

O leite materno é o melhor alimento para os bebês e é considerada a primeira vacina. Fortalece o sistema imunológico, auxilia no desenvolvimento da criança e reduz a incidência de alergias e doenças crônicas, reverberando na saúde daquele indivíduo por toda sua vida. O movimento de sucção é importante para desenvolver a arcada dentária e a fala. Para a mãe, amamentar reduz as chances de câncer de mama, reforça o vínculo com o bebê e pode contribuir para evitar depressão pós-parto.

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