OPERAÇÃO DA POLÍCIA NO CALUX PODE TER LIGAÇÕES COM O CASO DO DELEGADO ASSASSINADO EM PRAIA GRANDE

Uma operação da Polícia Civil foi realizada na madrugada desta quarta-feira (17) no Jardim Calux, em São Bernardo do Campo, nas imediações da Rua Leônidas da Silva.
Segundo fontes, a diligência pode estar relacionada à execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Ruy Ferraz Fontes, morto em uma emboscada na última segunda-feira (15), em Praia Grande.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária, expedidos pela Justiça, em endereços da capital e da Grande São Paulo. No entanto, a pasta não confirmou oficialmente a ação em São Bernardo.
Na manhã desta quarta (17), a SSP detalhou que 63 policiais civis participaram das diligências. Objetos apreendidos nos endereços serão analisados pela Polícia Técnico-Científica, que recolheu vestígios como fragmentos de DNA e impressões digitais.
O governador Tarcísio de Freitas classificou o caso como prioridade máxima:
“A prioridade máxima é solucionar esse caso. Temos várias linhas de investigação, várias possibilidades e nenhuma pode ser afastada. Uma pessoa já identificada tem reincidência criminal, com passagens por roubo e tráfico de drogas. Estamos trabalhando para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei.”
O CRIME
O Dr. Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi morto em uma emboscada quando dirigia por Praia Grande. Criminosos atiraram mais de 20 vezes contra o carro dele. A perseguição terminou após colisão com um ônibus; em seguida, os atiradores desceram e dispararam à queima-roupa.
Segundo a investigação, duas linhas principais são apuradas:
Vingança pela atuação histórica de Ruy contra chefes do PCC;
Reação de criminosos insatisfeitos com sua passagem pela Secretaria de Administração de Praia Grande.
TRAJETÓRIA
Delegado de carreira, formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, Ruy atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil. Foi um dos responsáveis pela prisão de Marcola, líder do PCC, e chefiou a corporação entre 2019 e 2022.