POLÍCIA PRENDE ESTUDANTE DE VETERINÁRIA SUSPEITO DE PARTICIPAR DE ESQUEMA DE VENDA DE SANGUE DE GATOS NO INTERIOR DE SP

Uma postagem em rede social oferecendo R$ 50 por sangue de gatos levou ao início de uma ação em Monte Alto, no interior de São Paulo. O caso começou após denúncia feita a funcionários da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA), que, diante das informações, acionaram a Guarda Civil Municipal, uma veterinária do município e a Polícia Científica.
Em posse da postagem, os servidores fizeram contato com o anunciante, que afirmava trabalhar para uma clínica veterinária de São José do Rio Preto, dizendo que o sangue seria usado para transfusões. O interlocutor enviou os dados do estabelecimento, que agora fazem parte da investigação.
A equipe foi até uma casa no bairro Monte Belo, onde encontrou três pessoas paramentadas com luvas e trajes veterinários, além da proprietária da residência e outra mulher, que seria o contato com a clínica mencionada. Inicialmente, os presentes negaram que houvesse qualquer procedimento no local, mas já havia informações suficientes, passadas por um deles, via mensagens instantâneas, que revelavam o que tudo indica ser um esquema irregular de coleta de sangue.
Segundo a veterinária que acompanhou a ação, trata-se de “uma ação irregular, numa situação insalubre. Tudo indica que os gatos eram anestesiados com uma dose altíssima de medicamento, sem levar em conta o peso deles”. Ela complementou: “Não tinha balança, equipamentos, nem um veterinário responsável no local. Não tinha nada”.
Uma das gatas chegou a despertar e tentou escapar. “A gatinha estava cianótica, hipotensa, hipotérmica e eu tive que correr com ela”, comentou a veterinária, que levou o animal para atendimento.
Ao serem indagados, um dos presentes declarou ser estudante de veterinária, enquanto os outros dois se identificaram como “auxiliares”, relatando o envio do sangue à clínica. Segundo o relato, o estudante receberia R$ 300 por procedimento e os auxiliares, R$ 100.
A proprietária do imóvel informou que apenas havia cedido o local “para ajudar os animais”, e a intermediadora da postagem declarou “não saber que se tratava de uma prática irregular”.
O estudante de veterinária, a proprietária da casa e a responsável pela intermediação com a suposta clínica foram presos. Após audiência de custódia, as duas mulheres foram liberadas, e o estudante segue preso preventivamente. O delegado prossegue com o inquérito e as investigações.
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