O Grande ABC deu mais um passo para aprimorar as políticas de inclusão. Gestores e técnicos das sete cidades participaram, na quarta-feira (26/11), de uma oficina promovida pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para compreender e aplicar de forma estratégica os dados sobre pessoas com deficiência levantados pelo Censo Demográfico e por outras pesquisas da instituição.

Mais do que apresentar números, o encontro orientou os participantes a interpretar cenários, reconhecer desigualdades e identificar onde as políticas municipais podem gerar maior impacto. A atividade foi conduzida por Luanda Chaves Botelho e Pedro Elgaly, especialistas do IBGE, que compartilharam conhecimentos técnicos e ferramentas digitais que podem ser usadas para transformar estatísticas em ações direcionadas para a população.

A programação abordou temas relacionados às pesquisas do IBGE sobre pessoas com deficiência, aspectos técnicos do Censo e indicadores sobre condições de vida dessa população, com ênfase em educação, características dos domicílios e infraestrutura do entorno.

Os palestrantes também apresentaram plataformas digitais do IBGE e as possibilidades de estudos a partir da divulgação de microdados. A análise de dados com recortes regionais — considerando idade, gênero, tipo de deficiência, escolaridade e características das moradias — permite que municípios planejem políticas públicas alinhadas aos perfis reais da população.

Além disso, os indicadores contribuem para identificar vulnerabilidades específicas, como barreiras de acesso à educação, acessibilidade residencial, apoio social e serviços de saúde. A partir dessas evidências, é possível priorizar áreas de intervenção e desenvolver ações mais precisas e inclusivas.

O secretário-executivo do Consórcio ABC, Aroaldo Silva, destacou a importância da parceria com o IBGE para fortalecer o desenvolvimento de políticas regionais voltadas à garantia de direitos.

“A produção e o uso qualificado das informações do IBGE são fundamentais para que possamos construir políticas públicas mais eficazes e alinhadas às necessidades reais da população com deficiência. O trabalho integrado dos municípios fortalece nossa capacidade de promover inclusão e garantir direitos”, afirmou.

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