A trágica morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como “Vaqueirinho”, em João Pessoa, acendeu um alerta sobre a precariedade no atendimento à saúde mental no país. O jovem entrou no recinto de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara no último domingo (30), após escalar barreiras de segurança. Ele acabou sendo morto pelo animal.

Gerson tinha histórico de abandono familiar, transtornos psiquiátricos graves e passagens por instituições públicas. Diagnosticado com esquizofrenia desde a infância, ele era acompanhado pelo CAPS.

A jornalista Claudia Carvalho, editora do site Parlamento PB, destacou em suas redes sociais que o país precisa refletir sobre a qualidade da saúde mental oferecida. Em vídeo com mais de 300 mil visualizações, ela lembra que, segundo a OMS, 90% das mortes autoinfligidas poderiam ser evitadas com atenção e acolhimento adequados.

O caso de “Vaqueirinho” expõe o abandono de pessoas em sofrimento psíquico e a necessidade urgente de ações efetivas por parte do poder público. Enquanto o parque permanece fechado para investigações, cresce a cobrança por melhorias no sistema de cuidado à saúde mental, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade.

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