BRUNO, 29 ANOS, MOTOBOY
Dentro da mochila que carrega nas costas, sempre há uma entrega para ser feita. Bruno Ferreira de Oliveira, de 29 anos, trabalha há 5 como motoboy, indo e vindo nas ruas e avenidas de São Bernardo.
Cria do Baeta Neves, bairro onde nasceu, ele conta que escolheu a profissão por amor ao motociclismo, mas, devido ao trânsito caótico da região metropolitana, adverte: “a melhor entrega é você voltar para casa”.
O trabalho, que já é difícil em tempos normais, ficou ainda mais arriscado durante a pandemia. “Nós estamos enfrentando uma guerra e a linha de frente é a saúde, segurança e a logística”, afirma.
Por isso, Bruno fica satisfeito quando vê nas pessoas o reconhecimento da importância do trabalho dos entregadores e dos motoboys para a sociedade. No entanto, ele ainda carrega esperança de que a imunização chegue depressa para a categoria.
“Estamos na linha de frente dessa guerra como se fôssemos Kamikazes. A vacina chegou e nós não temos direito ainda”, lamenta.
Enquanto aguarda, o motoboy não pode parar. Apesar do medo na possibilidade de contaminar alguém da família, Bruno segue, de entrega em entrega, batalhando contra a pandemia.
São Bernardo Anônima é um novo quadro da TVSBC que conta histórias de “pessoas invisíveis” da nossa cidade.
Foto: Guilherme Marchi