PROFESSOR DA FEI COMENTA ATITUDES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA COMBATER ALAGAMENTOS DECORRENTES DAS FORTES CHUVAS
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Chuvas tem deixado milhares de moradores de São Paulo debaixo d’água. Situação não é novidade para o verão e especialista alerta para novos projetos que devem ser desenvolvidos a fim de sanar o problema de enchentes
Nas últimas duas semanas, pudemos presenciar o potencial destrutivo das chamadas pancadas de verão e, consequentemente, alagamentos em vários locais do Estado de São Paulo. De acordo com o professor de Hidrologia do curso de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Fernando Ribeiro, para combater esse problema que afeta as cidades, todos os anos, é preciso adotar políticas públicas voltadas para o uso de tecnologias de mapeamento de locais de risco, previsão e simulação de eventos extremos do clima.
“A disciplina de Hidrologia propõe e estimula um pensamento diferente para lidar com as chuvas. Antes de projetos, precisamos de conscientização e conhecimento profundo dos fenômenos climáticos”, destaca. O professor ainda ressalta a experiência de simular computacionalmente as situações de alagamentos e caracterização de bacias urbanas. “Não podemos partir do pressuposto que conhecemos bem os fenômenos climáticos somente porque há exemplos históricos. Precisamos de ferramentas para modelagem, simulação e análise que nos possam orientar e mostrar caminhos, não soluções.” explica.
Para Fernando Ribeiro, os projetos desenvolvidos pelas cidades ao longo dos anos têm sido paliativos porque grandes obras são caras e pouco efetivas, como os piscinões, por exemplo. “Muitas cidades exigem a construção de caixas que possam retardar o lançamento das águas pluviais para não sobrecarregar as redes de coleta, solução que também é pouco efetiva. Um ponto que agrava ainda mais a situação dos alagamentos, é o fato de sempre termos atraso em obras, que ficam anos paradas e, evidentemente, não estão colaborando para a melhoria das condições de mobilidade durante as chuvas”, defende o professor.
Segundo o especialista da FEI, o planejamento tem que passar por intervenções urbanas mais efetivas e baratas e novos modelos de parcerias público-privadas têm que ser pensados com urgência. Ele acredita que, a curto prazo, só resta buscar os históricos de eventos extremos e simular cenários para conhecimento específico dos locais de risco, algo como a previsão do tempo, porém, para outras grandezas, é necessário termos dados mais concretos, como precipitação, deslocamentos e saturação em encostas.”
A conscientização da população em relação ao lixo jogado nas ruas também é outro ponto crucial levantado pelo especialista da FEI. Para ele, esse é um problema enorme e que não deve ter resolução imediata porque falta manutenção corretiva que dê conta da limpeza de dispositivos de drenagem. “Enquanto a população não pensar no coletivo isso não se resolve”, conclui.
Sobre a FEI:
Com mais de oito décadas de tradição, a FEI (Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros) se destaca entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharia. Referência em gestão, inovação e tecnologia, a FEI já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana, sustentável e justa, por meio do ensino, pesquisa e extensão.
A FEI faz parte da Companhia de Jesus e oferece cursos de Administração, Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharias – habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e a primeira graduação em Engenharia de Robôs do País, sendo o maior polo educacional de robótica inteligente da América Latina.
Acompanhando as megatendências mundiais para o futuro, a FEI participou da formulação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Engenharia e Administração, propondo ao Ministério da Educação conceitos de interdisciplinaridade e empreendedorismo, que fazem com que os alunos tenham uma formação mais ampla e alinhada com as transformações tecnológicas.
Foto Agência Brasil