OCUPAÇÃO EM MAUÁ PEDE JUSTIÇA POR VÍTIMA DE FEMINICÍDIO E MORADIA PARA MULHERES

O Movimento de Mulheres Olga Benario, com o apoio de ativistas e moradores, realizou neste sábado (14/06) a 28ª Ocupação Helenira Preta Vive: por Gabriela Mariel Silvério em um imóvel abandonado no centro de Mauá. A ação busca justiça para Gabriela Mariel Silvério, militante do movimento, mãe solo e pessoa com deficiência (PCD), vítima de feminicídi0. O marido tirou a vida dela no último domingo, no bairro Paranavaí.

Gabriela, que foi coordenadora da Ocupação da Mulher Operária Alceri Maria Gomes da Silva em São Caetano (SP), era uma voz ativa na luta por uma Delegacia da Mulher 24 horas em Mauá e pelos direitos de mulheres e crianças vítimas de violência. Seu feminicídi0 é o sexto registrado na região do ABC Paulista em 2025, um aumento de 50% em comparação com o ano anterior.

O movimento destaca a vulnerabilidade de mulheres como Gabriela, que, segundo o IBGE, representam a maioria das famílias monoparentais morando de aluguel no Brasil (35,8%). Gabriela estava na lista para ser beneficiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida Entidades, conquistado pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) através das ocupações Manoel Aleixo e Antônio Conselheiro. No entanto, a construção das casas tem sido adiada pelos governos federal e municipal, segundo informação do movimento.

A ocupação também reclama que das 140 delegacias existentes no estado, apenas 11 funcionam 24 horas.

“Gabriela poderia estar morando na nossa casa, que deveria ter sido inaugurada no último 8 de março e talvez estaria viva ainda”, desabafa Júlia Calchi, amiga de Gabriela e coordenadora da Ocupação Helenira Preta Vive: por Gabriela Mariel Silvério.

Entre as reivindicações do Movimento Olga Benario estão:
• Justiça por Gabriela Mariel Silvério.
• A instalação de uma Delegacia da Mulher 24 horas em Mauá.
• O cumprimento da promessa de campanha do atual prefeito de Mauá de ceder um imóvel para o Movimento Olga Benario.
• Pensão para a filha de Gabriela que garanta condições de sustento.

“Diante desse cenário, ocupamos pela vida das mulheres! Exigimos justiça por nossa companheira Gabriela”.

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