ITAÚ DEMITE MIL FUNCIONÁRIOS POR “BAIXA PRODUTIVIDADE” NO HOME OFFICE

O Itaú demitiu cerca de mil funcionários nesta segunda-feira (8), alegando baixa produtividade no home office. Mas, segundo a Folha de S.Paulo, o plano inicial era dispensar quase 2 mil pessoas.
As demissões aconteceram após quatro meses de monitoramento. O banco usou um software chamado xOne, que acompanha quanto tempo o funcionário fica no computador, se está usando sistemas internos, quantas abas abre, quantos cliques dá e até quanto tempo fica inativo.
Segundo a Folha, o Itaú cruzou esses dados com os registros de ponto eletrônico e identificou “inconsistências”. Em alguns casos, havia dias com apenas 20% de atividade no computador e mesmo assim o funcionário registrava horas extras.
Muitos dos demitidos disseram que não foram avisados de nada, que batiam metas e até tinham sido promovidos. Alguns explicam que suas funções não exigem uso constante do computador ou que passavam horas em reuniões, o que nem sempre é computado como “atividade”.
O banco disse que as decisões foram tomadas com base em “condutas incompatíveis com os princípios de confiança”, e que a intenção é manter a cultura interna da empresa.
O Sindicato dos Bancários classificou as demissões como injustas e afirmou que o banco está exagerando no controle digital. A entidade também cobra mais transparência nas regras do home office e diz que vai apoiar os trabalhadores afetados.
Advogados ouvidos pela Folha alertam: monitorar é permitido, mas precisa ser comunicado antes, com regras claras e respeitando a privacidade do funcionário.
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