O Senado Federal se articula para barrar a PEC da Blindagem já nesta quarta-feira (24), quando o texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A decisão ocorre dois dias após as manifestações que levaram milhares de pessoas às ruas contra a proposta e contra o projeto de anistia aos condenados de 8 de janeiro.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o relator da matéria na CCJ, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), adiantou que vai apresentar parecer contrário. O presidente da comissão, senador Otto Alencar (PSD-BA), também já se declarou contra a PEC. Segundo líderes ouvidos pelo jornal, há votos suficientes tanto na comissão quanto no plenário para enterrar o texto.

Como foi a votação na Câmara

A PEC foi aprovada em 2º turno na Câmara dos Deputados no dia 16 de setembro de 2025, por 344 votos a favor, 133 contra e 3 ausências.

No dia seguinte (17), os deputados aprovaram ainda uma emenda aglutinativa que autoriza o uso de voto secreto quando o Congresso for decidir sobre abertura de processos contra parlamentares.

Como votaram os deputados do ABC

Entre os deputados federais de São Paulo, a maioria apoiou o texto. No ABC Paulista, o resultado foi:

Alex Manente (Cidadania) → ✅ Sim
Fernando Marangoni (União Brasil ) → ✅ Sim
Mauricio Neves (PP) → ✅ Sim
Vicentinho (PT) → ❌ Não

👉 Ou seja: 3 votos a favor e 1 contra entre os representantes da região.

O que está em jogo

A PEC obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) a pedir autorização prévia do Congresso para processar criminalmente deputados e senadores, retomando uma regra que existiu de 1988 a 2001 e que caiu após gerar críticas de impunidade.

Para críticos, a proposta é uma blindagem indevida contra investigações, especialmente em casos de corrupção. Já defensores dizem que é necessária para proteger parlamentares de “coação judicial”.

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