Durante reunião da Comissão Especial da Câmara de São Bernardo, que apura casos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, o presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Beto Moreira, afirmou que o problema é antigo e resulta da falta de fiscalização nacional.

“Essas bebidas são adulteradas. Isso não começa da noite para o dia. Há muito tempo existe essa prática, e não se fiscaliza a qualidade, apenas a galonagem. Hoje, 36% do que está no comércio é bebida falsificada”, declarou Moreira.

A comissão é presidida pelo vereador Julinho Fuzari (Cidadania) e foi criada após o município registrar o maior número de mortes por contaminação com metanol no Estado. O grupo tem 45 dias para apurar os fatos e apresentar recomendações, com apoio de órgãos como a Vigilância Sanitária e o Procon.

Após a reunião, Julinho Fuzari avaliou o encontro como produtivo. Segundo ele, a participação do setor foi importante para esclarecer a origem das adulterações e propor medidas preventivas. “O presidente do Sehal trouxe informações relevantes sobre a falta de fiscalização nacional e também sobre os riscos no descarte de garrafas, que acabam sendo reutilizadas para falsificação. Esses dados vão ajudar muito a comissão a propor novas legislações municipais e a sugerir leis mais duras ao Estado e à União”, afirmou o vereador. Fuzari também destacou que o grupo voltará a se reunir na próxima quarta-feira para definir novos depoimentos e acompanhar as ações da Prefeitura no combate à venda de bebidas contaminadas.

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