HISTÓRIA DE DOCES ENVENENADOS DISTRIBUÍDOS NA PORTA DA ESCOLA VIRALIZA E MOTORISTA DE APLICATIVO É ACUSADO FALSAMENTE

Nos últimos dias, as redes sociais espalharam medo com fotos de bombons “estranhos” e mensagens dizendo que um homem estaria distribuindo doces envenenados para crianças na porta de escolas.
Mas a história, que viralizou em todo o país, é falsa — e quase destruiu a vida de um trabalhador inocente.
Tudo começou quando uma mãe da zona sul de São Paulo percebeu que a filha de 8 anos havia recebido um bombom na porta da escola de um homem desconhecido.
Ao abrir o doce, ela achou a cor esverdeada estranha, decidiu não deixar a menina comer, levou o bombom até a delegacia e registrou boletim de ocorrência.
Depois, fez um alerta nas redes sociais, mostrando apenas a foto do bombom, para avisar outros pais da região.
Em nenhum momento ela disse que o doce era envenenado ou mostrou o rosto de ninguém.
O problema veio depois: outras pessoas começaram a espalhar as mesmas fotos, junto com mensagens falsas dizendo que um homem estaria distribuindo bombons com veneno em várias escolas.
Foi aí que a imagem de um motorista de aplicativo começou a circular junto com o boato — e a confusão se espalhou.
O motorista das fotos é o Marcelo
O homem apontado nas redes é Marcelo de Almeida Rodrigues, motorista de aplicativo de 55 anos.
Ele nunca esteve na escola e não tem relação nenhuma com o caso do bombom.
Marcelo contou que, no mesmo período, havia recebido lembrancinhas que sobraram de uma festa do Dia das Crianças feita por um amigo.
Antes de voltar pra casa, resolveu distribuir os doces que poderiam derreter no carro pra algumas pessoas no bairro.
Alguém o fotografou nesse momento, e a imagem acabou sendo usada por desconhecidos junto com o boato que já circulava.Assustado, Marcelo gravou um vídeo pra se defender:
“Eu não tenho nada a ver com essa história de doce envenenado. Isso é uma fake news. As providências já foram tomadas pra me defender.” Após a apuração, ficou comprovado que ele não fez nada de errado e nenhuma criança passou mal.
O que era pra ser uma boa ação acabou se transformando num pesadelo causado por fake news.

