Equipamentos funcionam de portas abertas e contam com equipe multidisciplinar para atendimentos em saúde mental de crianças e adolescentes

“Aqui me sinto ouvida, é um lugar de liberdade, onde posso apenas ser eu e todo mundo cuida de todo mundo”. Essa declaração recheada de sentimento é a descrição feita pela adolescente K.M., de 13 anos, quando questionada sobre como tem sido seu acompanhamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) II Infantil, no bairro Assunção, em São Bernardo. A jovem estava, juntamente com outras crianças e adolescentes, na festa realizada nesta sexta-feira (17/10) para celebrar o Dia das Crianças. O evento foi promovido no prédio que abriga o Caps II Infantil e o Caps III AD Infantojuvenil.

K.M. realiza o seu acompanhamento no serviço há cerca de dois meses e relata que tem sentido sua evolução. “Aqui é sempre muito animado, a gente conversa, faz piada. Gosto muito de vir para cá, sinto como se fosse a minha família”, declarou a adolescente. A jovem destaca a importância de se cuidar da saúde mental desde cedo. “Se a gente não tiver saúde mental não conseguiremos fazer mais nada”, completou.

A avaliação positiva do serviço se estende à outras pessoas. O casal I.N., 33 anos, e R.L., 43, são pais de G.L., 15, que há pouco mais de um mês também está em acompanhamento. “A gente tem gostado bastante. Nos surpreendemos positivamente com o atendimento, com a estrutura, com os funcionários, com tudo. Achamos excelente, talvez melhor do que muito atendimento particular”, declarou Ivone.

APOIO – A terapeuta ocupacional e gerente do Caps III AD Infantojuvenil, Larissa de Aragão Pires, explicou que o Caps AD Infantojuvenil e o Caps Infantil são lugares de atenção às crianças e adolescentes. “A vida não é muito fácil e, às vezes, a gente precisa de uma mãozinha. Aqui a gente tem ajuda profissional”, afirmou. “Temos profissionais formados em saúde mental para a gente conseguir auxiliar crianças e adolescentes que apresentam algum tipo de sofrimento, associado ao uso de substância psicoativa ou não”, completou.

Larissa detalhou que os atendimentos incluem grupos terapêuticos, atividades externas, atendimentos individuais e médicos quando necessário. “A gente funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h e não precisa de encaminhamento. Os Caps são serviços de porta aberta, é só chegar e pedir para trocar uma ideia. Inclusive, adolescentes podem vir sem estar acompanhados dos pais se precisarem conversar com os profissionais daqui, que depois a gente entra em contato com os responsáveis. Os pais também podem nos procurar e depois trazerem os filhos. Nós estamos aqui para ajudar”, concluiu.

A fonoaudióloga e gerente do Caps II Infantil, Fernanda Fudissaku, pontuou que a festa de celebração de Dia das Crianças faz parte das atividades que são feitas dentro do território e da lógica de atenção psicossocial. “É um evento construído com as famílias, para ser um momento de brincadeira, de interação entre as crianças, adolescentes e funcionários. Um espaço de promoção de saúde”, finalizou.

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