Hoje, domingo (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou a liderança do G20 em uma cerimônia realizada em Nova Déli, Índia. A transferência de comando ocorreu do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para o Brasil, que estabeleceu suas três prioridades: combate à desigualdade e à fome, enfrentamento das mudanças climáticas e reforma das instituições de governança global.

Lula apresentou o lema da presidência brasileira como “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. Durante seu discurso, anunciou a criação da Aliança Global contra a Fome e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. Ele também fez referência à recente tragédia no Rio Grande do Sul causada por um ciclone, destacando a importância do combate às mudanças climáticas.

O G20, que engloba 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia, recebeu a União Africana como membro permanente durante a cúpula. Lula ressaltou a urgência em combater a fome global e destacou a necessidade de inclusão de países emergentes nas decisões de instituições como o Banco Mundial e o FMI.

Sob a liderança do Brasil, o G20 terá uma série de eventos ao longo do ano, culminando na 19ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo, a ser realizada no Rio de Janeiro em novembro de 2024. Lula indicou que os trabalhos do G20 se concentrarão em políticas públicas integradas com financiamento e em promover um diálogo mais aberto entre líderes governamentais e sociedade civil.

Esta é a primeira vez que o Brasil assume a presidência do G20 desde sua fundação em 1999. O grupo, originalmente formado por ministros de finanças e presidentes de bancos centrais, adaptou-se ao formato atual com chefes de Estado e de governo em 2008.

A cúpula contou com a presença de líderes dos países-membros e convidados, culminando na Declaração de Líderes, que abordou questões como desenvolvimento sustentável e cooperação econômica.

A presidência anterior, liderada pela Índia, teve seu início em dezembro de 2022 sob o lema “Uma Terra, Uma Família, Um Futuro”, enfatizando aspectos como crescimento inclusivo e liderança feminina.

Via EBC