BRASIL FAZ 1º AUTOTRANSPLANTE DE PULMÃO EM PACIENTE COM CÂNCER METASTÁTICO

BRASIL FAZ 1º AUTOTRANSPLANTE DE PULMÃO EM PACIENTE COM CÂNCER METASTÁTICO

Brasil faz 1º autotransplante de pulmão em paciente com câncer metastático

Procedimento foi realizado na unidade Itaim do Hospital São Luiz, da Rede D’Or, na zona sul da capital paulista; paciente se recuperou em apenas 12 dias após cirurgia, que consiste na remoção do órgão para retirada do tumor e posterior reimplante, sem necessidade de doação

Foram seis anos tratando tumores em várias pequenas lesões nos pulmões com quimioterapia e ablação por radiofrequência. O pulmão esquerdo melhorou, mas a lesão no pulmão direito cresceu.

“O quadro dele já não respondia mais às opções de tratamentos convencionais. Discutimos o caso com a equipe médica e o paciente, e decidimos pelo autotransplante de pulmão”, relata o cirurgião torácico responsável, Marcos Samano. “O procedimento durou cerca de 10 horas e foi um sucesso”, celebra o especialista.

Este foi o primeiro autotransplante de pulmão em paciente com metástase, realizado por Samano, único médico no Brasil a fazer o procedimento. O autotransplante foi realizado no primeiro semestre deste ano, no Hospital São Luiz Itaim, unidade da Rede D’Or em São Paulo. O paciente tinha inicialmente um tumor na perna, que evoluiu para um quadro de metástase, atingindo o pulmão.

“Nesta técnica, retiramos o pulmão, neste caso o direito, e removemos o tumor, para então reimplantar o órgão no paciente”, explica Samano. Segundo ele, a técnica pode proporcionar a cura de pacientes com câncer que atualmente são considerados casos paliativos.

“Trata-se de uma cirurgia altamente complexa, que exige uma equipe multidisciplinar para acompanhar o paciente. Além é claro, de toda uma estrutura física de aparelhos de última tecnologia para receber este órgão, e mantê-lo em condições de conservação. Com isso temos tempo hábil para retirar o tumor e em seguida devolver o órgão para o corpo”, explica o médico do Hospital São Luiz.

A unidade, localizada na zona Sul da capital paulista, acumula mais de 80 anos de tradição e vem recebendo constantes investimentos na melhoria contínua e ampliação dos serviços, entre eles a transformação da antiga maternidade em uma unidade de transplantes de órgãos e cirurgias de altíssima complexidade.

Após a cirurgia, o paciente seguiu para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para observação e, em menos de 24 horas, já respirava sem ajuda de aparelho. Após 12 dias recebeu alta médica.

De acordo com o cirurgião, alguns casos considerados inoperáveis poderiam ser submetidos ao autotransplante com sucesso. Ele atribui o número pequeno de casos ao pouco conhecimento dos profissionais a esta técnica inovadora.

foto pebmed

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