CASOS DE COQUELUCHE CRESCEM 768,7% NO ESTADO DE SÃO PAULO
O estado de São Paulo registrou 139 casos de coqueluche até a 23ª semana epidemiológica de 2024, encerrada em 8 de junho, representando um aumento de 768,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 16 casos. A coqueluche é uma infecção respiratória bacteriana que afeta principalmente bebês de até 1 ano, sendo a vacinação a melhor forma de prevenção.
Vacinação e Prevenção
A vacina, distribuída pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), é conhecida como pentavalente e deve ser aplicada nos primeiros meses de vida (aos 2, 4 e 6 meses), com intervalos de 60 dias entre as doses. Em 2024, a cobertura vacinal no estado está em 76,3%.
Além da pentavalente, a vacina adsorvida difteria, tétano e coqueluche (dTpa) está disponível na rede pública para gestantes e profissionais de saúde. Excepcionalmente, o DPNI ampliou a vacinação para profissionais de berçário e creches que atendem crianças de até 4 anos.
Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), enfatiza a necessidade de reforços periódicos na vacinação, pois a imunidade não é duradoura.
Sintomas e Transmissão
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é altamente contagiosa, com sintomas como crises de tosse seca, febre baixa, corrimento nasal e mal-estar. A doença pode levar a quadros de insuficiência respiratória e até a óbito.
O quadro da doença pode ser dividido em três fases:
- Fase Catarral: Dura até duas semanas, com febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca.
- Fase Paroxística: Dura de duas a seis semanas, com crises de tosse súbitas, rápidas e curtas.
- Fase de Convalescença: Redução gradual dos sintomas, embora a tosse possa persistir por meses.
A transmissão ocorre pelo contato com pessoas infectadas ou por gotículas expiradas ao tossir, falar ou espirrar, podendo gerar outros 17 casos secundários por infecção.
Informações Adicionais
Para dúvidas sobre a vacinação, o Governo de SP criou o portal “Vacina 100 Dúvidas” que esclarece questões sobre efeitos colaterais, eficácia das vacinas e doenças imunopreveníveis. O acesso está disponível aqui.