CHUVA DE PÓ BRANCO ASSUSTA MORADORES EM MAUÁ E SANTO ANDRÉ

CHUVA DE PÓ BRANCO ASSUSTA MORADORES EM MAUÁ E SANTO ANDRÉ

Na sexta-feira (24), um pó branco invadiu casas e cobriu carros no Parque São Vicente, em Mauá, e bairros adjacentes de Santo André, no Grande ABC. Os moradores, que vivem próximos ao Polo Petroquímico de Capuava, reclamam da poluição constante na região.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foi acionada na noite de quinta-feira (23) e constatou a presença do pó branco, atribuindo-o a falhas operacionais em uma refinaria local. A Agência Ambiental do ABC foi informada para realizar a fiscalização necessária.

Ainda não se sabe exatamente qual substância causou o pó, mas a Cetesb afirmou que “o produto não apresenta riscos sérios à saúde”. No entanto, recomenda-se buscar atendimento médico em caso de reações alérgicas. A Petrobras informou que o material particulado foi emitido pontualmente durante uma manutenção programada na Refinaria de Capuava.

José Luiz Saikali, promotor de Justiça do Meio Ambiente de Santo André, destacou que a fuligem e outros problemas relacionados ao Polo Petroquímico são questões antigas, discutidas em ações judiciais há mais de 20 anos. “É um problema muito antigo, e a ação teve como base uma pesquisa da endocrinologista Maria Ângela Zacarelli no final da década de 1990”, afirmou o promotor.

Moradores como Jardel Enzeberg, que criou uma página na internet para discutir os problemas do bairro, relataram que a sujeira aparece em diversas ruas e que recentemente têm sido perturbados por um barulho ensurdecedor durante a noite. “É um barulho ensurdecedor que incomoda na hora de dormir”, conta Jardel.

Este incidente não é isolado. Em 2022, um evento semelhante ocorreu, quando um pó branco invadiu casas e carros em bairros próximos ao complexo industrial. O Polo Petroquímico, localizado no limite entre Mauá e Santo André, é uma fonte contínua de poluição.

No ano passado, a prefeitura de São Paulo conduziu um estudo para avaliar o impacto desses resíduos na saúde pública. Embora a análise não tenha encontrado uma ligação direta entre a emissão das substâncias e doenças da tireoide, outras possíveis relações ainda estão sob investigação.

Fonte: G1

Foto reprodução TV Globo

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