CRIANÇA DE 2 ANOS PERDE A VIDA EM MAUÁ E FAMÍLIA SUPEITA DE MÃE E PADRASTO
“Indignação”. Essa é a palavra que resume o sentimento da família de Lorrayne Helloa da Silva Gomes, uma criança de apenas 2 anos que perdeu a vida na última segunda-feira (27/05). Ela foi levada pela mãe e o padrasto à UPA Barão de Mauá, em Mauá, onde foram detectadas várias lesões pelo corpo, inclusive lacerações nas partes íntimas da menina.
A família se revoltou com os indícios de abus0 e chegou a agredir o padrasto após enterro da criança.
O pai biológico de Lorrayne conseguiu junto à UPA um relatório que apontam vários machucados pelo corpo e também indícios de abus0 infantil.
Juliana de Moraes dos Santos, tia da criança, disse ao ABCD Jornal que a família está revoltada com a situação. “O que a gente quer é justiça e paguem pelo que fizeram com a Lorrayne, que sejam tomadas as devidas providências. A gente nunca imagina que isso vai acontecer na nossa família. Quantas crianças ainda vão morrer por negligência e maus-tratos?”, indagou a tia ao acrescentar que a informação é de que os suspeitos sumiram após as acusações.
Na delegacia, a mãe de Lorrayne declarou que a filha tinha bom relacionamento com o padrasto. Relatou que no dia 27 a filha queixou-se de dor na barriga e ela teria dado duas gotinhas de Buscopan e Lorrayne teria melhorado e brincado. Afirmou que que por volta das 16h30, deitou a filha para que ela desse uma cochilada, mas por volta das 17h começou a vomitar e babar em estado de convulsão.
Em depoimento, a mãe declarou ter acionado um vizinho que teria negado ajuda. Ela admitiu não ter chamado o Samu e que preferiu aguardar o marido. Quando ele chegou, levaram a menina no carro de um outro vizinho.
Questionado sobre as lesões na criança, o padrasto afirmou que dias antes do falecimento da menina, chegou do trabalho e encontrou Lorrayne brincando na laje. Quando foi tirá-la, teria caído com ela porque uma escada de madeira quebrou.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia apura os fatos, mas não pode dar detalhes para não prejudicar as investigações.