O Plenário do Júri finalmente trouxe um veredicto para o crime que abalou o ABC Paulista e o país. Na data de hoje, quarta-feira, 14 de junho, após a intensa atuação da promotora Manuela Schareiber Silva e Sousa, três envolvidos no crime ocorrido em janeiro de 2020 foram condenados à prisão. A denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) resultou em penas que somam mais de 190 anos.

Anaflavia Meneses Gonçalves, filha e irmã das vítimas do crime ocorrido há mais de três anos, foi sentenciada a 61 anos de prisão em regime fechado. Sua companheira na época do crime, Carina Ramos, foi condenada a 74 anos. Guilherme Ramos da Silva, que também participou dos terríveis eventos, recebeu uma sentença de 56 anos, igualmente em regime fechado.

Os jurados reconheceram as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas nos três casos. Os réus foram também considerados culpados por roubo e ocultação de cadáveres.

Segundo a denúncia apresentada pela promotora Thelma Thais Cavarzere, Anaflavia e sua então companheira Carina arquitetaram um plano macabro para assassinar a família visando obter vantagens financeiras. Elas contaram com a ajuda de três homens.

Após o brutal assassinato por sufocamento, as vítimas tiveram seus corpos carbonizados, ampliando a monstruosidade do crime que, reiteramos, ocorreu em janeiro de 2020.

Diogo Reis, primo das vítimas, manifestou alívio e resiliência nas redes sociais: “Não vou falar de números, mas da única coisa que temos ‘certeza’: vão passar os próximos 30 anos sem sair da cadeia”. Apesar da dor persistente e do sentimento de impunidade, Reis destaca que o importante é que “eles estão e vão ficar presos”.

O julgamento dos dois outros réus envolvidos, Jonathan Fagundes Ramos e Juliano de Oliveira Ramos Júnior, que também participaram do crime, está marcado para 21 de agosto. A região do ABC Paulista, e o país como um todo, aguardam a conclusão deste caso.

(Foto: Juan, Flaviana e Homuyuki,- Redes Sociais)