CUIDADOS PALIATIVOS VÃO ALÉM DO TRATAMENTO CURATIVO

Disponibilizado pela rede municipal de Saúde de Diadema, o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) oferece apoio a pacientes com doenças crônicas e degenerativas, bem como a seus familiares. O serviço faz parte de uma rede que vai além da reabilitação e cura, incluindo cuidados paliativos, voltados a proporcionar conforto e qualidade de vida.
O projeto “Introdução a Cuidados Paliativos em Domicílio” foi apresentado na 21ª Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios, durante o 38º Congresso do COSEMS/SP, em abril de 2025. Mais de duas mil iniciativas de 148 municípios participaram do evento.
Segundo a enfermeira e coordenadora Jaqueline Hein, o objetivo é mostrar que cuidados paliativos não significam antecipação da morte. “Esses cuidados devem ser sinônimo de conforto. Ainda há vida pela frente e essa vida precisa ser confortável e o mais autônoma possível”, afirma.
Hoje, o SAD acompanha cerca de 120 pessoas por mês, sendo que um terço delas recebem cuidados paliativos. Os casos mais comuns são de pacientes oncológicos, com paralisia cerebral e Alzheimer. “O ideal é que o cuidado paliativo seja iniciado precocemente, em qualquer ponto da rede de atenção à saúde”, complementa Jaqueline.
Desde a criação do SAD, em setembro de 2022, já foram feitas mais de 700 avaliações. A equipe conta com 21 profissionais, divididos entre duas Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMADs) e uma Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), incluindo médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudióloga e psicóloga.
Além dos atendimentos, há orientação aos cuidadores e um canal via WhatsApp para dúvidas. A cada dois meses, são realizados encontros para troca de experiências e apoio mútuo.
“Quando o paciente retorna para casa, muitas vezes com alguma perda funcional, a família já vive um processo de luto”, explica Jaqueline. A equipe trabalha para proporcionar conforto, consciência e autonomia, permitindo um encerramento mais sereno e, muitas vezes, oportunidades de reconciliação familiar.
Após o falecimento, a equipe realiza visita domiciliar e, se necessário, encaminha os familiares ao setor de saúde mental.
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