DIASTUR ALEGA GREVE ILEGAL NO TRANSPORTE ESCOLAR E CULPA TERCEIRIZADAS POR PARALISAÇÃO EM SÃO BERNARDO

A paralisação no transporte escolar de São Bernardo do Campo, ocorrida no dia 6 de março, continua gerando repercussão. Após a demissão de pelo menos cinco funcionários do transporte escolar, realizado pela Diastur, empresa responsável pelo serviço, os trabalhadores e pais de alunos criticam as condições de trabalho e o impacto da greve. Já a empresa, em nota oficial, alegou que a paralisação foi ilegal e culpou as terceirizadas Logitec e JJ pelo ocorrido.
O QUE DIZEM OS FUNCIONÁRIOS
Segundo os trabalhadores, a greve foi motivada por salários baixos, falta de benefícios e condições precárias de trabalho. Alguns monitores afirmam receber menos que um salário mínimo e relataram a dificuldade de manter suas atividades nessas condições. “A gente trabalha muito e ganha pouco. Só queremos respeito e um salário justo”, afirmou um dos funcionários demitidos.
O IMPACTO PARA OS PAIS
A paralisação pegou muitos responsáveis de surpresa, principalmente nas regiões do Posto Tiradentes e Alvarenga. Com a falta do transporte escolar, pais tiveram que se reorganizar para levar os filhos às escolas municipais. “Não avisaram nada antes. Tive que sair correndo do trabalho para buscar meu filho”, reclamou uma mãe.
O QUE DIZ A DIASTUR
A empresa se manifestou por meio de nota oficial, afirmando que a greve afetou 26% do transporte e que notificou as terceirizadas para normalizar a situação, sob risco de rescisão contratual e aplicação de multas. A Diastur também alegou que a paralisação foi ilegal, pois não houve comunicação prévia ao sindicato dentro do prazo de 72 horas, conforme exige a Lei 7.783/89.
Confira a nota da empresa na íntegra:
” A Diastur Transporte Escolar informa que na manhã do dia 06/03, enfrentou paralisação parcial de empregados de empresas terceirizadas (Logitec e JJ). Foi uma paralisação de 26% do transporte.
De imediato, a Diastur notificou as empresas para que a situação fosse normalizada, sob pena de rescisão imediata e incontinente do contrato de prestação de serviços mantido com tais empresas, sem prejuízo do pagamento de multas previstas em contrato.
Independente dos motivos que levaram tais funcionários a paralisarem parte do transporte escolar, salientamos que a paralisação é ilegal, vez que não houve comunicação prévia através do Sindicato da categoria no prazo legal de 72 horas previsto no art. 13 da Lei 7783/89.
Este comando legal se destina a possibilitar ao empregador conhecer as reivindicações de seus empregados, abrindo a possibilidade de negociação, justamente para que os serviços prestados não sejam prejudicados.
As empresas prestadoras de serviços, segundo informado para a Diastur, foram surpreendidas sem qualquer possibilidade de negociação.
A situação está sendo tratada com prioridade, e neste momento a Distur busca soluções efetivas visando o menor impacto na vida das famílias dos estudantes que dependem do transporte escolar realizado diariamente.
Reafirmamos aqui que nosso maior compromisso é com o atendimento da rede escolar da Cidade de São Bernardo do Campo.
Estamos à disposição para esclarecimentos e nos manteremos prontos para garantir o transporte diário dos estudantes, prioridade máxima de nossa prestação de serviços.”
A Prefeitura de São Bernardo informou que acionou os setores jurídicos competentes para resolver a situação o mais rápido possível. Segundo informações de moradores da regiao, o prefeito Marcelo Lima esteve nas duas garagem da empresa na manhã de hoje.
A situação segue sendo acompanhada, e novas informações devem ser divulgadas em breve.