Os herdeiros de Edson Arantes do Nascimento, conhecido mundialmente como Pelé, estão em um processo de cumprimento do testamento deixado pelo ícone do futebol. Conforme determinado pela Justiça de São Paulo, e divulgado pelo portal G1, os filhos do Rei do Futebol concordaram com todas as disposições testamentárias, incluindo a divisão de bens e novo teste de DNA.

A juíza Andrea Roman, da 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Santos, publicou a decisão, que inclui a divisão de 30% do patrimônio de Pelé para sua viúva, Márcia Aoki, e 70% entre seus filhos.

Pelé e Márcia se casaram sob o regime de separação obrigatória de bens

Pelé e Márcia se casaram sob o regime de separação obrigatória de bens, uma condição aplicada a casamentos e uniões estáveis de pessoas com mais de 70 anos. Neste regime, o cônjuge sobrevivente não é automaticamente considerado herdeiro.

Pelé, consciente dessa situação, expressou em seu testamento o desejo de beneficiar Márcia, além de dividir o restante de seu patrimônio entre seus filhos. O testamento foi homologado sem contestações dos herdeiros, facilitando o processo de levantamento dos bens para o inventário, liderado por Edinho, filho de Pelé.

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Possível nova herdeira e teste de DNA

O testamento de Pelé também menciona a possibilidade de uma filha fora de um relacionamento formal. Maria do Socorro Azevedo, que alega ser filha de Pelé, registrou uma ação de investigação na Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Devido à pandemia de Covid-19, Pelé não pôde realizar os exames de paternidade necessários. Com seu falecimento, os filhos de Pelé concordaram em realizar testes de DNA para confirmar ou refutar a paternidade.

Reconhecimento de filha socioafetiva

Além disso, em setembro, os filhos de Pelé concordaram com o reconhecimento de Gemima Lemos MacMahon, enteada do ex-atleta, como filha socioafetiva e, consequentemente, uma das herdeiras. A decisão foi unânime entre os herdeiros, incluindo filhos, netos e a viúva, após a petição de Gemima.

Com a homologação, Gemima adquiriu todos os direitos de herdeira, conforme reconhecido pela lei brasileira de paternidade socioafetiva.

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