HOMEM É PRESO NO LITORAL SUSPEITO DE ENVOLVIMENTO NO “GOLPE DO FALSO ADVOGADO”

Policiais civis do 3º Distrito Policial de Santos cumpriram, na manhã de quinta-feira (18/09), mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra um homem de 20 anos, investigado por participação direta no chamado “golpe do falso advogado”, esquema de estelionato que vinha lesando vítimas idosas em várias cidades do Estado.
A equipe policial, após criteriosa análise de informações e diligências preliminares, realizou abordagem estratégica em um imóvel localizado na Rua Barão de Ramalho, no bairro Macuco, onde conseguiu localizar e prender o investigado. Segundo a apuração, ele atuava como “coletor” da organização criminosa — responsável por recolher os valores obtidos por meio da fraude, repassá-los ao núcleo superior da quadrilha e transmitir instruções operacionais aos demais envolvidos.
Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares, mídias, cartões bancários em nomes de terceiros, uma corrente com pingente e outros objetos de interesse, todos encaminhados à perícia técnica.
Conduzido à sede do 3º DP, o indivíduo confessou participação no esquema, detalhando o funcionamento da associação criminosa, que se especializava em enganar vítimas vulneráveis, induzindo-as a realizar saques emergenciais sob pressão emocional e falsa representação jurídica.
O investigado permanece sob custódia, à disposição do Poder Judiciário, enquanto as investigações continuam para identificar outros integrantes do grupo.
📍 Em São Bernardo do Campo, a preocupação também é crescente. A OAB de São Bernardo lançou recentemente uma cartilha de orientação para alertar advogados e a população sobre os riscos do golpe. O material foi elaborado em conjunto com a Comissão de Prerrogativas e explica as principais estratégias usadas pelos criminosos, como uso de dados falsos, mensagens fraudulentas (phishing), clonagem de WhatsApp e exigência de pagamentos via PIX.
O presidente da subseção, Luiz Ricardo Biagioni Bertanha, destacou a importância de ampliar a informação para evitar que mais pessoas sejam enganadas. Já o presidente da Comissão de Prerrogativas, Ricardo Dechechi, reforçou que a união e a divulgação do material são fundamentais para ampliar o alcance da campanha.
🔎 Nesse tipo de crime, os golpistas entram em contato com familiares de pessoas presas ou em situações jurídicas delicadas e se passam por advogados. Eles costumam exigir transferências bancárias imediatas, muitas vezes via PIX, sob a promessa de liberdade provisória, pagamento de fiança ou custos de processos. O uso de informações verdadeiras sobre as vítimas e a pressão psicológica tornam o golpe ainda mais convincente.
