JOVEM DE SÃO BERNARDO COM DOENÇA RARA BEBE 16 LITROS DE ÁGUA POR DIA E BUSCA TRATAMENTO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA CAPITAL

A jovem Maurícia de Moura Ferreira, de 27 anos, moradora do Jardim Represa, em São Bernardo do Campo, convive com uma doença rara que a obriga a ingerir cerca de 16 litros de água por dia para sobreviver. Diagnosticada com deficiência de AVP (arginina vasopressina), anteriormente chamada de diabetes insipidus central, ela busca apoio para iniciar um tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), na capital paulista.
Maurícia nasceu com hidrocefalia, e durante uma cirurgia realizada em 2014, para tratar a condição, sofreu uma lesão na hipófise — glândula que regula funções hormonais essenciais, como o controle da água no organismo. Desde então, enfrenta sintomas severos, como sede extrema, pressão baixa, hipoglicemia, tontura, vômitos e fraqueza.
Ela conta que existe uma medicação específica — a desmopressina —, mas infelizmente desenvolveu alergia à substância, o que dificulta ainda mais o tratamento. A rotina é exaustiva: acorda quatro vezes por noite para esvaziar a sonda urinária, toma 20 medicamentos por dia e os custos com os remédios giram em torno de R$ 800 por mês.
Vivendo com os pais, Maurícia procurou o Hospital das Clínicas na expectativa de encontrar uma alternativa de tratamento mais adequada. Em resposta à equipe do nosso canal, o hospital enviou a seguinte nota:
“O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) esclarece que atualmente não há tratamentos experimentais ou protocolos de pesquisa em andamento para pacientes com deficiência de AVP (arginina vasopressina), condição anteriormente conhecida como diabetes insipidus central.
O HCFMUSP esclarece ainda que oferece assistência SUS a casos referenciados, mediante encaminhamento via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), com indicação do CID (Classificação Internacional de Doenças) correspondente ao perfil terciário de atendimento.”
Maurícia mantém a esperança de ter seu caso acompanhado por especialistas “Meu maior sonho é ser curada”. @mauricia.moura
