No Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nesta sexta-feira (21/3), jovens com a condição vêm usando as redes sociais para compartilhar suas rotinas, opiniões e vivências com naturalidade, reforçando a importância da inclusão e da autonomia.

Laura Simões, 24 anos, foi a primeira pessoa com síndrome de Down habilitada a dirigir no Brasil, em 2020. Desde então, passou a dividir suas experiências no Instagram. “O meu processo de habilitação foi muito natural. Não houve preconceito ou facilitação. Direção é coisa séria”, destacou. Ela defende que a maior limitação das pessoas com Down não é a condição genética, mas a exclusão social.

Estudante de Publicidade e Propaganda, Laura se apresenta nas redes como @lauraanormal, subvertendo o termo pejorativo com que muitas vezes são rotuladas pessoas com deficiência. “Temos muito conteúdo, só precisamos de espaço para nos expressar.”

Outra jovem que compartilha o dia a dia online é Zoë Avancini de Jong, 18 anos. “Eu amo ser assim”, diz. Ela estuda em escola regular, pratica esportes e sonha em cursar Publicidade e Marketing. Zoë namora um rapaz sem a síndrome e ressalta a importância de tratar o assunto com naturalidade.

A mãe de Zoë, Marta Avancini, jornalista e coordenadora da Fundação Síndrome de Down, defende o olhar individualizado para cada pessoa. “O segredo é enxergar a pessoa, não a deficiência.”

Ambas as jovens mostram que é possível levar uma vida plena e independente. Laura reforça: “Quero terminar a faculdade, fortalecer minha independência e minhas relações sociais, porque ninguém é feliz sozinho!”

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Com informações de Agência Brasil e foto arquivo pessoal Zoë Avancini de Jong