JUÍZA USA MEME DO HOMEM-ARANHA EM DESPACHO, E TRF PEDE CAUTELA NO USO DE VISUAL LAW
A juíza federal Karina Dusse, da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, utilizou o famoso meme do Homem-Aranha apontando para ilustrar um erro no envio de um ofício durante um processo de desapropriação. O despacho viralizou nas redes sociais e gerou debate sobre o uso de memes em documentos judiciais.
A confusão começou quando um juiz determinou o envio de um ofício à 3ª Vara Federal de Volta Redonda para liberar um valor de indenização. No entanto, o documento foi enviado erroneamente para a própria 1ª Vara. Para corrigir o equívoco, a juíza utilizou o meme na nova decisão, explicando a troca dos destinatários.
TRF RECOMENDA CAUTELA
Embora o despacho não citasse a juíza diretamente, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) emitiu um ofício orientando magistrados a usarem “com prudência e parcimônia expressões informais, referências culturais e recursos de visual law nos atos jurisdicionais”. O documento destaca que é importante equilibrar clareza e acessibilidade com a seriedade do Poder Judiciário.
REPERCUSSÃO NA INTERNET
O caso gerou grande repercussão, dividindo opiniões. Muitos defenderam a juíza, alegando que a linguagem acessível não compromete sua competência. “A informalidade dela NÃO desqualifica sua competência”, afirmou um usuário.
Outro comentário destacou a necessidade de tornar o direito mais acessível: “Ela está conseguindo humanizar a magistratura. Não vejo problema nisso. Os ministros do STF também brincam em plenário e está tudo bem.”
Por outro lado, algumas pessoas criticaram a abordagem, argumentando que documentos judiciais devem manter a seriedade. “É um documento formal! Usa no Instagram, em um e-mail, mas em um ato do Judiciário… Por favor”, escreveu um internauta.
A discussão levantou um ponto maior: até que ponto o uso de memes e linguagem mais acessível pode ou deve ser aplicado dentro do sistema jurídico?