Diálogo e atenção são fundamentais para prevenir casos de abuso, alerta instituição.

As festas de fim de ano, que reúnem amigos e familiares, podem apresentar riscos à segurança de crianças e adolescentes, especialmente quando há consumo excessivo de álcool e distração dos responsáveis. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, foram registrados mais de 51 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em 2022, sendo que 86,1% dos agressores eram conhecidos das vítimas.

A ONG Ficar de Bem, atuante na proteção de crianças e adolescentes, reforça a importância de educar sobre consentimento e o corpo. “Educação sexual previne vulnerabilidades e ensina crianças a reconhecer limites”, explica Lígia Vezzaro Caravieri, gerente técnica da organização.

A supervisão adequada e a observação de mudanças de comportamento são essenciais. Segundo a ONG, sinais como tristeza, agressividade, regressões comportamentais e recusa a interações comuns podem indicar problemas. “Manter o diálogo constante e construir uma relação de confiança com a criança é essencial para que ela se sinta segura em relatar situações desconfortáveis”, acrescenta Lígia.

Para denunciar casos de violência sexual, é possível utilizar os canais Disque 100, 180 ou 190, além de procurar delegacias, o Conselho Tutelar ou Promotorias de Justiça.

Sobre a ONG

Fundada em 1988 como CRAMI, a Ficar de Bem tem núcleos em Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. A organização mantém 18 projetos voltados à prevenção e suporte social, além de coordenar o programa Bom Prato no ABC. Reconhecida por sua atuação, está pelo terceiro ano entre as 100 melhores ONGs do Brasil.

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