OPERAÇÃO SHARPE PRENDE SETE SUSPEITOS DE LIDERAR O TRÁFICO NA REGIÃO CENTRAL DE SP
As polícias Civil e Militar, em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, deflagraram nesta segunda-feira (8) a Operação Sharpe. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que comandava o tráfico de drogas no centro de São Paulo, com foco na Favela do Moinho.
Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. Até o momento, sete pessoas foram presas e 12 celulares apreendidos. Os registros estão sendo feitos pela Divisão de Capturas do Departamento de Operações Especiais (Dope).
Entre os presos está a irmã de “Léo do Moinho”, integrante de facção preso em 2024. Embora se apresentasse como liderança local, ela era responsável por executar ordens do irmão e atuar em defesa dos interesses do grupo criminoso. Também foram detidos o suposto sucessor de Léo e o dono de um comércio que servia como esconderijo de armas e drogas.
A operação é um desdobramento da ação batizada como Salus et Dignitas (Saúde e Dignidade), realizada em agosto de 2024. Na época, a investigação desmantelou redes de tráfico que operavam em hospedarias na região central para distribuir drogas e lavar dinheiro.
As investigações apontam que líderes do grupo continuavam coordenando ações de dentro da prisão. Uma das estratégias era intimidar famílias e agentes da CDHU para impedir o reassentamento habitacional da Favela do Moinho. Moradores que aceitavam sair eram ameaçados sob o pretexto de “resistência” à desocupação, o que dificultava o trabalho de realocação planejado pelo governo.
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