A Polícia Civil registrou, em dois dias, no período de segunda (27) e terça-feira (28), diversos casos de possíveis ataques a escolas em Santo André e São Bernardo do Campo, despertando preocupação com o “efeito contágio”. A divulgação de imagens do ataque à escola da Vila Sônia, em São Paulo, pode estar influenciando adolescentes a agir de maneira semelhante.

Em Santo André, um estudante ameaçou uma professora durante a aula, afirmando que os docentes deveriam ser esfaqueados, como no caso da Vila Sônia, e que ele faria o mesmo no próximo dia. Em outra escola da cidade, o coordenador não permitiu a entrada de um aluno após relatos de que ele estaria armado e havia ameaçado outro colega dias antes. A arma foi identificada como um simulacro. Um terceiro caso envolveu uma criança de 11 anos portando um simulacro de arma de fogo dentro da escola.

Em São Bernardo do Campo, a vice-diretora de uma escola informou aos policiais militares que um aluno estava portando um pequeno punhal na sala de aula. O estudante afirmou que levava o objeto para mostrá-lo aos colegas, sem ameaçar ninguém. No entanto, ele relatou sofrer ofensas homofóbicas e adquiriu o punhal para se sentir mais seguro.

O secretário da Segurança Pública solicita que o compartilhamento e publicações de imagens do ataque na escola da Vila Sônia sejam interrompidos. “Estamos trabalhando para identificar e coibir possíveis casos, pois esse é o papel do Estado. Contudo, peço que cada um reflita sobre sua responsabilidade enquanto sociedade. A imprensa não deve reproduzir exaustivamente imagens das agressões e a população não deve compartilhá-las nas redes sociais. O efeito contágio é uma realidade e mostra o que acontece quando um caso é amplamente divulgado dessa maneira”, reforça Derrite.

Em respeito à situação, nosso canal removeu todas as imagens da ocorrência na capital paulista, Vila Sônia.