ROUBO E FURTO DE MOTOCICLETAS DE ALTA CILINDRADA DISPARAM EM SP
O Estado de São Paulo tem vivido uma crescente no número de roubos e furtos de motocicletas, com uma alta de 7,14% nos primeiros seis meses de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista, não escapou deste panorama, figurando entre as dez cidades com maior número de ocorrências.
No total, foram registradas 18.292 ocorrências entre janeiro e junho de 2023 em todo o estado, contra 17.073 no mesmo período de 2022. A maioria destes casos se deve a furtos, que tiveram um aumento significativo de 16,24%, totalizando 13.071 em 2023, em comparação a 11.245 no ano anterior.
Fazendo um recorte específico para motocicletas de alta cilindrada, as estatísticas também são preocupantes. Mais de quatro motos com mais de 600 cilindradas são roubadas ou furtadas diariamente em São Paulo. O primeiro semestre de 2023 registrou 794 boletins de ocorrência, quase o dobro em comparação aos 400 do mesmo período em 2022.
O cenário em São Bernardo do Campo é reflexo desta situação preocupante. A cidade ocupa uma posição de destaque no top 10 das cidades com maior número de ocorrências, empatada com Sumaré, com 19 registros. São Paulo lidera essa lista com 293 ocorrências, seguida por Campinas com 37 e Guarulhos com 25.
Vitor Corrêa, Coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, destaca que motocicletas de alta cilindrada são mais frequentemente roubadas do que furtadas, diferentemente das de baixa cilindrada. “Motos grandes são geralmente usadas para lazer e não são deixadas na rua, onde a maioria dos furtos acontece”, explicou.
Além de São Bernardo do Campo, outras cidades do ABC também aparecem nesse ranking preocupante. Santo André, por exemplo, teve 12 ocorrências registradas, enquanto Diadema teve 13.
Na capital, bairros como Itaim Bibi, Santo Amaro e Morumbi lideram o número de ocorrências. A Avenida dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, teve 7 registros, sugerindo que vias de grande fluxo podem ser alvos preferenciais para criminosos.
Erivaldo Costa Vieira, coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da FECAP, alerta para o crescente número de furtos. “Já superamos o total de 2022 nos primeiros seis meses de 2023”, afirma.