93% DAS MOTORISTAS DO APLICATIVO DE TRANSPORTE 99 DIZEM QUE PASSAGEIRAS PREFEREM MULHERES AO VOLANTE

A empresa brasileira de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, 99, junto com a consultoria Think Eva, lançaram nesta terça-feira (15) um levantamento inédito realizado em seis capitais brasileiras. O estudo ouviu mais de 878 motoristas parceiras e potenciais motoristas de Fortaleza, Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte, trazendo dados que revelam a relação das mulheres com a segurança na cidade e no trabalho por aplicativo.
Segundo os dados apresentados pela jornalista e cofundadora da Think Eva, Maíra Liguori, a cada 10 motoristas mulheres, sete são mães (73%) e têm a atividade como principal fonte de renda da casa (79%). Outro dado importante revelou que 76% das motoristas sentem que ser mulher aumenta os riscos durante o trabalho.
Quando o assunto é rotina, renda e trabalho, a pesquisa aponta que a maioria das motoristas tem mais de 40 anos de idade (66%) e quase metade (49,5%) divide a rotina do app com afazeres domésticos e cuidados com filhos ou outros familiares. Além disso, a atividade é a principal fonte de renda para 79% das motoristas, sendo que é a única receita para 57% das entrevistadas.
Entre as motoristas pesquisadas, 21% utilizam a atividade de dirigir como uma forma de complementar sua renda principal, que vem de outro trabalho. Ao mesmo tempo, outro grupo de igual tamanho (também 21%) faz o contrário: tem a direção como sua atividade principal e complementa seu faturamento com outras atividades.
Segurança no transporte por aplicativo
A pesquisa revelou dados importantes no quesito segurança das motoristas mulheres: 74,9% temem assaltos e locais vazios, seguidas por 60% que se preocupam com a segurança no trânsito. O assédio também figura como fonte significativa de apreensão, seja por parte dos passageiros (56,5%), de natureza sexual (51%) ou proveniente de outros motoristas (41%). Um dado surpreendente é que, após se tornarem motoristas da 99, 63% passaram a afirmar sentir pouco ou nenhum medo de dirigir (32% e 31%, respectivamente).
Os dados reforçam o papel da 99 na geração de renda, autonomia e segurança para milhares de mulheres em todo o Brasil. Segundo Igor Soares, diretor de Qualidade e Segurança da 99, a recente divulgação da pesquisa, com o apoio do poder público, é essencial para o avanço de políticas públicas. “Nós temos muitos dados na plataforma e temos a disponibilidade de compartilhá-los com o poder público para que a criação de políticas públicas seja efetiva para a segurança viária, o enfrentamento da violência de gênero e contra a mulher. O que falta é abertura e interesse político para resolver o problema”, ressaltou.
Programa 99 Mais Mulheres
Durante o encontro em São Paulo, ainda foi apresentada a nova fase do programa 99 Mais Mulheres, com o lançamento de uma cartilha educativa voltada à prevenção e ao combate à violência de gênero. Elaborado em parceria com a Think Eva e a rede As Justiceiras, o material será distribuído via app e redes sociais.
Com o objetivo de levar informação às mulheres que usam o aplicativo de transporte e às motoristas de forma objetiva, a cartilha aborda os tipos de violência (física, psicológica, sexual, moral, patrimonial, digital), explica conceitos jurídicos como assédio, importunação sexual e a Lei Maria da Penha, e orienta sobre onde e como buscar ajuda. O material também oferece uma rede de apoio com contatos de serviços como a Central de Atendimento à Mulher (180), Delegacias da Mulher, Defensorias Públicas e o canal gratuito das Justiceiras via WhatsApp (11 99639-1212).
Investimento em segurança
De acordo com a 99, em 2024 a empresa investiu mais de R$ 50 milhões em recursos tecnológicos e ações de segurança para usuários e motoristas parceiros. Esse número deve aumentar em 2025, com previsão de investimento de R$ 70 milhões. Entre as novidades que serão implementadas no aplicativo estão a filtragem de passageiros, controle de mensagens no chat e o uso de código de verificação.



