A Polícia Federal (PF) está investigando o cantor Alexandre Pires e diversos empresários por suposto envolvimento em um esquema de garimpo ilegal em terras Yanomami, que teria movimentado cerca de R$ 250 milhões.

Esta operação, denominada “Disco de Ouro”, visa desmantelar as redes de financiamento ao garimpo ilegal em Roraima, uma região marcada por intensos conflitos ambientais e sociais.

Caso de garimpo ilegal veio à tona após a apreensão

O caso veio à tona após a apreensão de quase 30 toneladas de cassiterita extraída ilegalmente em janeiro de 2022, na sede de uma das empresas sob suspeita. A investigação aponta que Alexandre Pires teria recebido R$ 1 milhão de uma mineradora investigada, conforme reportado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A operação incluiu a execução de dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em sete cidades brasileiras, além do bloqueio de até R$ 130 milhões em bens dos investigados.

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O esquema de lavagem de minério que envolve Alexandre Pires

Segundo o inquérito policial, os suspeitos estariam envolvidos na “lavagem” de minério de cassiterita, declarando-o como proveniente de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA. Este minério seria então transportado para Roraima para tratamento.

A PF identificou uma série de transações financeiras que conectam toda a cadeia produtiva do esquema, envolvendo pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas para mineração e “laranjas” para encobrir movimentações fraudulentas.

Empresa de produção artística alegou proprietário

A empresa de produção artística “Ghetto Produtora” afirmou que a propriedade não é patrimônio de Alexandre Pires, mas sim do sócio Aldo Braghetto Filho, que cuidou da gestão da carreira do ator até 2020. Confira a nota.

“A assessoria jurídica da “Ghetto Produtora”, empresa de produção artística, que tem como sócio proprietário Aldo Braghetto Filho, por intermédio de seu advogado Dr. José Fernandes da Silva Júnior (OAB/SP 190.235), esclarece que ele é o proprietário legal da casa localizada na região da Granja Viana, em São Paulo, avaliada em R$ 16 milhões e que ocupa um terreno de 6.902 m². A propriedade que vem sendo noticiada erroneamente como parte do patrimônio do cantor Alexandre Pires, investigado por envolvimento com garimpo e extração de minério em áreas indígenas, não pertence ao artista. O imóvel foi adquirido por Aldo Braghetto Filho, no ano de 1993, quando ainda era empresário do cantor Fábio Jr, tendo em mãos todos os documentos necessários para comprovar sua obtenção. O empresário cuidou da gestão de carreira do cantor Alexandre Pires de 2006 até 2020, e atualmente não tem nenhum vínculo profissional com o artista, são apenas amigos de longa data. Aldo Braghetto Filho está à disposição para qualquer esclarecimento que for necessário referente ao imóvel e sua aquisição.”

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Imagem: Reprodução/Instagram @alexandrepires_