CENTRAIS SINDICAIS ARGENTINAS PREPARAM GREVE GERAL DE 24 HORAS

Protestos em frente ao Congresso marcam início das manifestações contra políticas do presidente Javier Milei
Rio de Janeiro, 9 de abril de 2025 – A Argentina se prepara para uma nova greve geral em protesto contra as políticas de ajuste fiscal do presidente Javier Milei. A mobilização, liderada pelas principais centrais sindicais do país, teve início nesta quarta-feira (9) com manifestações em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires. A paralisação nacional de 24 horas está marcada para começar à meia-noite de quinta-feira (horário local).
Entre as reivindicações estão a valorização dos salários, respeito aos direitos dos aposentados, defesa da indústria nacional, retomada de obras públicas, criação de um plano nacional de emprego e o fim da repressão às manifestações sociais.
As centrais responsáveis pela convocação da greve são a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA-A) e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina (CTA-T). Esta será a terceira paralisação conjunta promovida pelas entidades.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã, o secretário-geral da CTA-Autônoma, Hugo “Cachorro” Godoy, afirmou que a greve é uma resposta à retirada de direitos e à falta de diálogo do governo. “Vamos expressar a vontade da classe trabalhadora de pôr freio a essa política governamental que entrega a riqueza gerada pelos trabalhadores nas mãos do FMI”, declarou.
Nas redes sociais, o presidente Javier Milei compartilhou uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger: “Uma greve é uma tentativa de extorsão. Ela não nos afeta em absolutamente nada. Seguiremos com nossos objetivos”.
Acordo com o FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou ter chegado a um acordo com o governo argentino para um novo empréstimo de US$ 20 bilhões, por meio do Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF). O desembolso, no entanto, ainda depende da aprovação do Conselho Executivo do fundo.
Em nota, o FMI afirmou que o programa “apoia a próxima fase da agenda nacional de estabilização e reformas da Argentina” e reconheceu o “progresso inicial” das autoridades argentinas na recuperação da economia.
Foto: Juan Geracaris / Wikimedia Commons – Licença CC BY 2.0
Com informações da Agência Brasil
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