EDUCADORA AUTISTA DENUNCIA SUPOSTA PERSEGUIÇÃO EM ESCOLA ESTADUAL DE SÃO BERNARDO E REGISTRA BO

EDUCADORA AUTISTA DENUNCIA SUPOSTA PERSEGUIÇÃO EM ESCOLA ESTADUAL DE SÃO BERNARDO E REGISTRA BO

A educadora Herica Santana, que atua na EE Profa. Maria Pires, localizada na Estrada do Vergueiro, em São Bernardo do Campo, trouxe a público um relato detalhado sobre suposta perseguição por parte da direção da unidade. Herica, que é autista, Agente de Organização Escolar e advogada criminalista, afirma que enfrenta atitudes capacitistas que questionam sua capacidade profissional e tentativas de afastamento do ambiente escolar.

Segundo Herica, a direção elaborou um relatório que indicaria a necessidade de readaptação de suas funções e ainda faria insinuações sobre sua aptidão para trabalhar e conviver socialmente. “Eu sou totalmente capaz de exercer qualquer profissão, inclusive sou Advogada Criminalista, moro sozinha, em casa própria […] Autismo não é doença e sim uma forma diferente de ver o mundo”, declarou.

A educadora relata ainda que registrou um Boletim de Ocorrência contra a direção, apresentando laudos médicos que comprovam sua aptidão para exercer suas funções. “Essas supostas reclamações nunca foram feitas por escrito por ninguém. Não existe termo de ata sobre isso. […] Eu gosto da escola e chamo cada um dos 350 estudantes matriculados pelo nome”, completou Herica.

Em resposta ao caso, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou:

“A Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo repudia todo e qualquer ato de discriminação dentro ou fora do ambiente escolar. Assim que a servidora apresentou laudo, a gestão da unidade o encaminhou para o Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME), para avaliação especializada e orientações de adaptação das funções previstas no cargo. Paralelamente está em andamento uma apuração preliminar para apurar a conduta da servidora e da gestão escolar durante este processo. A Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo está à disposição da servidora para maiores esclarecimentos.”

O caso segue sendo acompanhado por autoridades e entidades que defendem os direitos de pessoas com deficiência e inclusão escolar.

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