O Ministério Público obteve a condenação de um casal que tirou a vida de um homem, esquartejou seu corpo e jogou partes do cadáver em uma represa de Ribeirão Pires. Enquanto a mulher, identificada como Francisca Santana Ore Astudillo, recebeu pena de 31 anos e 9 meses, seu marido, Juan Carlos Ore Astudillo, foi sentenciado a 25 anos e 3 meses de prisão. A sentença, da última sexta-feira (10/05), estabelece o regime fechado para início do cumprimento das penas em ambos os casos.

A promotora de Justiça Livi Rodrigues de Souza escreveu na denúncia que a ré mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, convivendo com ela e o marido na mesma casa.

Segundo o apurado, a relação entre os três era conflituosa, com discussões frequentes. Os autos apontam ainda que a vítima tinha dependência química e que a mulher usava dinheiro do marido para sustentar o vício do outro homem.

Conforme a sentença, em dado momento a ré cansou da conjuntura que contribuiu para estabelecer e não achou outra maneira que não tira a vida da vítima como forma de livrar-se das questões inerentes à sua compulsão. Assim, no dia 5 de junho de 2022, o casal deu à vítima medicamento que causa sonolência, confusão e reflexos diminuídos, asfixiando-a em seguida usando uma sacola plástica para colocar partes do corpo que foram localizadas em dias diferentes.

O Plenário do Júri contou com atuação da promotora Paula Quaggio e reconheceu a prática dos crimes de homicídio com três qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa) e ocultação de cadáver.