EMPRESÁRIO PORTUGUÊS É DETIDO NO INTERIOR DE SÃO PAULO POR TRÁFICO DE BEBÊS PARA PORTUGAL
Uma operação da Polícia Federal do Brasil, em parceria com a Polícia Judiciária de Portugal, resultou na prisão de um empresário português de 50 anos em Valinhos, São Paulo, por envolvimento em um esquema de tráfico internacional de crianças.
O empresário natural de Valongo, foi detido na segunda-feira (04). Ele é acusado de levar ilegalmente uma bebê de três meses de São Paulo para Valongo, Portugal, em outubro, e estava prestes a repetir a ação com outro recém-nascido. Durante as buscas em Itatiba, a Polícia Federal apreendeu grandes quantias de dinheiro em moeda estrangeira no escritório dos advogados encarregados dos processos de guarda das crianças.
Na terça-feira, 05, a justiça brasileira, em uma audiência de custódia, decidiu manter MMR em prisão preventiva. Simultaneamente, em Portugal, uma criança levada do Brasil foi removida da casa onde o empresário vivia com seu companheiro. A menor foi encontrada saudável e agora está sob cuidados em uma casa de acolhimento.
Conforme reportado pelo G1 (Campinas e Região), a saga de MMR durou cerca de 40 dias. Nesse intervalo, ele registrou dois bebês como seus filhos, inclusive conseguindo levar uma menina recém-nascida para Portugal. Ele usou endereços diferentes em cidades distintas para os registros, gerando suspeitas sobre a legalidade das ações.
Investigações iniciais indicam que MMR pagou para falsificar documentos e registrar a menina como sua filha biológica, adquirindo assim a guarda unilateral e possibilitando o transporte da criança sem o consentimento da mãe. O empresário tentava fazer o mesmo com um menino, mas foi preso antes de concretizar o plano.
A nota da Polícia Judiciária de Portugal complementa que a criança levada em outubro foi encontrada em boas condições de saúde na companhia do parceiro de MMR, um empresário de 44 anos, também sem antecedentes criminais, que agora é arguido no caso. As autoridades continuam as investigações para esclarecer totalmente os fatos e determinar a extensão da responsabilidade criminal dos envolvidos neste perturbador esquema.
Foto reprodução EPTV