A rede de supermercados Casas da Banha marcou o cotidiano de São Bernardo do Campo durante os anos em que manteve uma filial na cidade. Aqui, relembraremos sua história.

Criada em 1955 por Climério Veloso, também proprietário do Jornal dos Sports, a Casas da Banha nasceu na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, entre as décadas de 1970 e 1980, a empresa viveu sua expansão mais significativa, inaugurando filiais em vários estados brasileiros, incluindo São Paulo.

A filial de São Bernardo do Campo localizava-se no cruzamento das ruas Marechal Deodoro e João Basso, um espaço anteriormente ocupado por uma agência do INSS e a Metalúrgica Vulcanos. A loja, com sua rampa emborrachada e amplo estacionamento, tornou-se rapidamente um centro de compras importante na cidade.

No entanto, na segunda metade da década de 1990, a Casas da Banha enfrentou uma crise financeira que resultou no fechamento de muitas de suas filiais, inclusive a de São Bernardo. Após o encerramento das atividades, o local abrigou a casa de shows Coco Loko, o Shopping das Flores, uma revenda da Honda, o Nappa’s Auto Center e, mais recentemente, a empresa RJG Automóveis, em 2023.

Um ponto de interesse é que a esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua João Basso, onde antes funcionava o estacionamento da loja, abrigou uma concessionária da Honda, a Delean Motors, sendo atualmente ocupada pela Dufrio.

Outra curiosidade envolve Abelardo Barbosa, o Chacrinha. O apresentador de programas como Discoteca e Buzina do Chacrinha, patrocinados pela Casas da Banha, costumava visitar a loja nos anos 70 e 80. No entanto, não há evidências de que Chacrinha tenha sido dono ou sócio da empresa, embora essa fosse uma crença comum entre muitos.

A loja de São Bernardo contava com dois pisos: o inferior era o supermercado e, no superior, funcionava o magazine. Além disso, possuía uma lanchonete e rotisseria.

Essa é uma breve viagem à história de São Bernardo do Campo e da Casas da Banha. Pesquisas em grupos como Fotos antigas de São Bernardo do Campo e Viagem à Antiga São Bernardo do Campo ajudaram a construir esta narrativa. As imagens que ilustram a matéria foram retiradas do documentário “Linha de Montagem” de Renato Tapajós, do acervo do Centro de Memória de S.B.C. e da internet.