INFLUENCIADORES DO TIKTOK SUPERAM JORNALISTAS TRADICIONAIS COMO FONTE DE NOTÍCIAS PARA JOVENS, SEGUNDO ESTUDO

INFLUENCIADORES DO TIKTOK SUPERAM JORNALISTAS TRADICIONAIS COMO FONTE DE NOTÍCIAS PARA JOVENS, SEGUNDO ESTUDO

Estudo do Reuters Institute, na Grã-Bretanha, revela que influenciadores do TikTok estão substituindo jornalistas como a principal fonte de notícias para a juventude. Conforme o relatório, 55% dos usuários de TikTok e Snapchat e 52% do Instagram buscam notícias de “personalidades”, ultrapassando os que recorrem à mídia tradicional nessas plataformas.

A pesquisa, baseada em entrevistas com 94.000 indivíduos em 46 países, aponta que jornalistas tradicionais mantêm importância em plataformas como Twitter e Facebook, mas enfrentam desafios em redes recentes como Instagram, Snapchat e TikTok.

Nic Newman, autor do estudo, cita como exemplo Matt Welland, que compartilha atualidades para seus 2,8 milhões de seguidores no TikTok. Notícias para jovens não se limitam a política e relações internacionais, mas incluem esportes, entretenimento, fofocas de celebridades, cultura, artes e tecnologia.

O estudo também mostra que a influência do Facebook como fonte de notícias está caindo: de 42% em 2016 para 28% hoje. Essa queda reflete uma mudança de foco do Facebook para amigos e família, e a preferência dos jovens por aplicativos de vídeo como TikTok e YouTube.

Os jovens de 18 a 24 anos são 44% dos usuários do TikTok, e 20% deles recebem notícias pelo aplicativo, aumento de 5% comparado ao ano passado. Meios de comunicação tradicionais enfrentam desafios como o declínio do acesso direto a seus sites – apenas 22% o fazem, queda de 10 pontos desde 2018 – e dependem cada vez mais de links de mídias sociais.

Rasmus Kleis Nielsen, diretor do Reuters Institute, vê nesta mudança uma transformação mais profunda para a indústria de notícias do que a transição de impresso para digital. Apenas 30% desses novos públicos confiam em algoritmos para obter notícias balanceadas, e só 27% acreditam nos jornalistas. As tendências apontadas pelo estudo não são boas para as empresas de mídia que dependem de assinaturas e publicidade.

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