CURA E FÉ: MORADORA DO BAETA NEVES VENCE CÂNCER RARO E EMOCIONA COM DEPOIMENTO NA INTERNET

CURA E FÉ: MORADORA DO BAETA NEVES VENCE CÂNCER RARO E EMOCIONA COM DEPOIMENTO NA INTERNET

A história da moradora do bairro Baeta Neves, em São Bernardo, a dentista Ana Luiza, de 29 anos, é surpreendente. Em 2023, poucos meses depois de ter dado à luz a filha, Ana recebeu o diagnóstico de carcinoma adenoide cístico, um tumor maligno raro que se desenvolve geralmente nas glândulas salivares. Após várias cirurgias e tratamentos, sua trajetória de superação hoje é contada com muito orgulho e fé nas redes sociais.

Natural de Castro, no Paraná, os sintomas da doença começaram a surgir aos poucos. Dias depois do parto, Ana sentiu uma estranha dormência em um lado do céu da boca e, depois de meses, uma dor persistente no lado esquerdo do rosto chamou sua atenção. Após passar por um otorrinolaringologista, Ana descobriu um tumor de 5 cm alojado no rosto.

Em entrevista à TV São Bernardo, Ana explica que a doença veio em sua vida como um tsunami: “O câncer veio na minha vida como um tsunami atingindo uma praia calma e tranquila. Tirando tudo e todos do lugar, danificando algumas partes e levando outras embora… Depois que ele passa, aí você começa aos poucos. Com a pouca energia e força que te sobrou, vai tentando achar o lugar de cada coisa.”

O caso da dentista era delicado. Após o diagnóstico, procurou um cirurgião de cabeça e pescoço e foi informada de que estava com câncer. Apesar do medo, Ana seguiu em frente e deu início ao tratamento com uma médica especializada em Curitiba, onde morava na época.

O plano de tratamento foi complexo. Após uma biópsia, descobriu que tinha carcinoma adenoide cístico. Como não respondia à quimioterapia, Ana teve que retirar o tumor e uma grande região em volta, além de realizar radioterapia. Em uma cirurgia de 12 horas, foi preciso retirar metade da maxila e estruturas próximas para evitar células residuais, incluindo o assoalho da órbita, o céu da boca, dentes, o osso que sustenta o nariz e o que segura o olho esquerdo.

A reconstrução oral de Ana foi feita por cirurgiões que usaram um segmento do osso fíbula e pele da perna da dentista para reconstruir a cavidade oral. No meio do caminho, ela precisou realizar um novo procedimento de emergência, devido ao enxerto que parou de receber irrigação sanguínea. No total, três enxertos foram colocados.

A luta não tinha parado. Após se recuperar da cirurgia, a dentista fez 30 sessões de radioterapia, a última realizada em março de 2024. Hoje, Ana vive sem a doença e realiza acompanhamento por segurança.

“O diagnóstico não é sentença. Não importa o quão difícil seja, tem um Deus muito maior que toda dificuldade e toda a dor, de mãos estendidas para dar forças para aqueles que estão precisando. Tenha fé, cerque-se de pessoas que te amam, profetize um futuro lindo, pergunte-se o que você precisa aprender com toda essa dificuldade e entregue para Deus o controle de todas as coisas”, finaliza.

@analuprestes

Com informações: Terra

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