Neste domingo (23/02), um motociclista passava pelo Km 20, sentido São Paulo, perto do Viaduto Tereza Delta, em São Bernardo do Campo, e foi atingido por uma linha cortante de pipa. Para proteger o rosto e o pescoço, a vítima colocou a mão na frente e houve um corte profundo chegando até ao osso.

Segundo o motociclista relatou, trata-se de linha chilena, cuja comercialização é proibida no Brasil. “Quando vi a pipa caindo, levantei a mão para não pegar no rosto e no pescoço e tinha uma linha chilena que atravessou a fibra de carbono da luva, o algodão e cortou a pele da mão e até osso. Acredita!”, contou o motociclista em tom de indignação.

A vítima foi até o hospital passou por atendimento médico, mas não registrou Boletim de Ocorrência na delegacia.

A linha chilena é feita com linha de algodão, mas tem a mistura do óxido de alumínio e pó de quartzo, que são substâncias mais cortantes. Algumas pessoas que soltam pipa costumas colocar cerol, linha chilena ou linha de indonésia.

A venda e o uso da linha com cerol ou linha chilena, são considerados crimes e proibidos pela legislação vigente no País. Qualquer outro tipo de linha cortante também é considerado crime penal nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais.

O Artigo 129 do Código Penal prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano para quem ofende a integridade física ou a saúde de outra pessoa. A pena pode ser aumentada para reclusão de 1 a 5 anos se o crime resultar em incapacidade para o trabalho, perigo de vida, ou debilidade permanente.
Já o artigo 132 do Código Penal prevê pena de detenção de 3 meses a 1 ano para quem expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.

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