Um dos investigados teria movimentado mais de R$ 11 milhões, segundo a Polícia Civil de Goiás

Brasília, 9 de abril de 2025 – Uma operação da Polícia Civil de Goiás, denominada Jogada Marcada, prendeu nesta quarta-feira (9) seis pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados de partidas de futebol. Um sétimo investigado segue foragido. De acordo com as investigações, um dos alvos teria movimentado mais de R$ 11 milhões no período apurado.

Entre os detidos estão um árbitro de futebol da Paraíba, um ex-presidente de clube do Ceará, dois ex-jogadores e dois aliciadores. As prisões ocorreram nos estados do Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Ceará e Pernambuco. Segundo a Polícia Civil, um dos ex-jogadores ainda estava em atividade no início da investigação, que começou em 2022.

Investigação
O delegado Eduardo Gomes, do Grupo Antirroubo a Banco (GAB), informou que a denúncia partiu do presidente de um clube participante do Campeonato Goiano. Ele teria sido procurado por um intermediário ligado ao grupo criminoso.

A investigação identificou uma estrutura hierárquica dividida em três níveis:

• Financiadores, responsáveis pelos recursos para a manipulação dos resultados;
• Intermediários, encarregados de fazer a ponte com os envolvidos no futebol;
• Executores, que incluem jogadores, treinadores e dirigentes.

Derrotas em sequência
Até o momento, não há confirmação de manipulação em jogos ocorridos em Goiás, mas partidas disputadas no estado ainda estão sob análise. A polícia identificou irregularidades em uma fase de um torneio cearense, na qual um time perdeu todas as partidas — entre eles, o clube do ex-presidente preso. Em 2022, a equipe acabou sendo excluída administrativamente da competição.

A investigação revelou que o dirigente teria recebido pelo menos R$ 200 mil em pagamentos fracionados antes e depois de uma partida.

Foto: Polícia Civil/Divulgação
Com informações da Agência Brasil

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