NEGÃO DO ALHO, 57 ANOS, AMBULANTE

NEGÃO DO ALHO, 57 ANOS, AMBULANTE
 
Negão do Alho, 57 anos. Ou melhor, Cosme Francisco, mas isso ninguém precisa saber, segundo ele. Há 30 anos trabalha na rua. Começou vendendo tiaras e presilhas logo quando chegou em São Bernardo do Campo. Veio pra cá menino, buscando uma vida mais confortável que a antiga realidade que enfrentou no estado do Paraná, onde trabalhava na roça.
Das tiaras, mudou para a venda de alho. Andava pelas ruas da cidade, passando de porta em porta procurando quem quisesse comprar seu tempero. As portas nas quais ele batia hoje se abrem para que a clientela vá até ele.
Um homem requisitado na cidade, não para um segundo. “A vida é corrida, o negócio é corrido, mas eu faço porque eu gosto. No dia que eu me aposentar eu vou embora”, conta.
Negão do Alho trabalha na rua das 9h às 19h. Depois disso vai pra “salinha”, um espaço onde ele prepara os temperos. Aos domingos, sua barraca muda de endereço, da rua Padre Lustosa para a feira do Silvina. No restante dos dias, permanece no seu espaço de sempre, licenciado pela prefeitura e localizado até pelo Google.
Descanso? “Eu descanso quando morrer”, afirma com convicção. Até lá, ele trabalha de domingo a domingo, com um sorriso no rosto e simpatia no olhar.
Texto Adriana Victorino
Imagens Guilherme Marchi
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