CARLOS, NEGO VÉIO, 61 ANOS

CARLOS, NEGO VÉIO, 61 ANOS
“Em primeiro lugar, eu aprendi no berço, aprendi o respeito no berço. Sou que nem criança, não promete as coisas pra mim não, sou Nego Véio”
O berço de Nego Véio nunca foi de ouro. Nasceu no troca bala, como ele chama o Morro do Alemão. Veio pra São Paulo tentar a sorte. Há 4 anos cuida das motos e carros estacionados na região central de São Bernardo do Campo. Ali todo mundo o conhece, de tempos em tempos ele saúda os transeuntes com um alegre “salve nego véio.”
“Eu sou Nego Véio, sou Nego Véio mesmo, aqui todo mundo me conhece, quer tomar um cafézinho, toma aqui, toma ali, toma lá, ninguém mexe comigo não”, conta.
Aos 61 anos, mora sozinho, na companhia apenas de Deus, segundo ele. Desempregado, ele acredita que a terceira guerra mundial será causada porque está todo mundo desamparado. “A cidade tem que levantar e não afundar, tem muita gente morando na favela, eu acho errado”
Texto Adriana Victorino
Imagens Guilherme Marchi
São Bernardo Anônima é um novo quadro da TVSBC que conta histórias de “pessoas invisíveis” da nossa cidade
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