Sol Marilha, moradora do bairro Assunção em São Bernardo, foi diagnosticada com câncer de mama em 2021, aos 56 anos. Auxiliar administrativa, Sol sempre teve o hábito de fazer exames médicos anuais de rotina, o que a levou a descobrir dois nódulos no seio por meio de uma mamografia.

A jornada de tratamento não foi simples. O médico informou a Sol que seria necessário retirar toda a mama. Logo em seguida, ela iniciou a radioterapia e teve um expansor colocado. Em agosto de 2023, Sol, uma entre milhares de guerreiras que enfrentam o câncer, passou por uma cirurgia de reconstrução mamária e retirou o expansor.

Sol revelou ao nosso canal que, durante a fase de exames, um dos médicos não identificou nada de errado. Foi somente após consultar um mastologista e realizar outro exame em um laboratório diferente que o câncer de mama foi detectado.

Durante o tratamento, Sol não perdeu os cabelos, mas enfrentou os estigmas da sociedade: “As pessoas veem você e dizem: ‘Mas seu cabelo não caiu? Você não tem cara de quem tem câncer!’ Elas acham que deveríamos carregar uma marca visível da doença. É preciso cuidado ao abordar o assunto, pois palavras podem ferir. A gente não mostra todas as dores ao mundo, muitas vezes choramos escondidos”, desabafa.

Além do câncer de mama, em 2021 Sol foi diagnosticada com um melanoma, um tipo de câncer de pele, e precisou realizar uma cirurgia de emergência em abril do mesmo ano. Atualmente, ela está em tratamento com imunoterapia.

Neste mês de outubro, dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama, a guerreira Sol, agora com 59 anos, ressaltou a importância dos exames regulares. “Sempre que posso, alerto as pessoas nas redes sociais sobre a necessidade dos exames anuais, sejam eles ginecológicos, cardiológicos ou outros. Precisamos nos cuidar, pois a vida é imprevisível. Podem surgir desafios em nosso caminho, e quanto mais cedo tratarmos, melhor”.