O Equador viveu um dia de intensa agitação nesta terça-feira, após uma série de ações criminosas chocar o país. Entre os atos, destacam-se sequestros de policiais, explosões em várias cidades, e uma invasão dramática a um telejornal. Este conjunto de eventos marca um aumento na tensão entre o governo equatoriano e organizações criminosas.

A polícia informou o sequestro de quatro policiais, três na cidade de Machala e um em Quito. Imagens nas redes sociais mostram reféns ameaçados por criminosos armados. As explosões, que ocorreram em locais como uma ponte para pedestres na capital Quito, felizmente não resultaram em feridos, mas aumentaram o alarme na população.

O presidente Daniel Noboa declarou um estado de emergência de 60 dias na segunda-feira, incluindo patrulhas militares e um toque de recolher noturno. A medida veio após a fuga de Adolfo Macias, líder da gangue Los Choneros, da prisão, e distúrbios em seis estabelecimentos penitenciários.

O incidente que mais repercutiu foi a invasão de um estúdio de TV em Guayaquil por homens armados, que agrediram funcionários e fizeram exigências diante das câmeras. A polícia conseguiu intervir horas depois, prendendo os invasores.

O governo equatoriano atribui essa onda de violência ao plano de construir uma nova prisão de alta segurança e transferir líderes de gangues. Entre os recentes episódios de violência no país está também o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência, em agosto do ano passado.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou preocupação com os eventos e solidariedade ao governo e ao povo equatoriano, mantendo atenção especial à situação dos cidadãos brasileiros no país.

Foto: Policía do Equador/X